O técnico Dunga garantiu não temer uma eventual demissão após a eliminação da seleção brasileira na primeira fase da Copa América, com a derrota para o Peru por 1 a 0 na noite deste domingo. Dunga citou o “imponderável” para explicar a derrota do Brasil, que veio com um gol irregular de Ruidiaz, e criticou a hesitação da arbitragem para decidir se o lance era válido ou não.
– Hoje teve o imponderável, não há o que se falar. Um jogo que era pra terminar 0 a 0. Não deu para entender porque o árbitro não correu (para o centro do campo), demorou quatro minutos para decidir e só depois passou no telão. Foi mão clara – lamentou o treinador, que pediu a regulamentação do uso da tecnologia no futebol.
– Todos viram, não há o que fazer se não tiver as imagens, todo um trabalho pode ser jogado fora. Os jogadores e eu não podemos modificar o que todo mundo viu. A decisão é do juiz, não precisava da comunicação via rádio. É muito estranho – completou.
Dunga reconheceu que a cobrança por melhores resultados deve aumentar após a eliminação na Copa América. O treinador admitiu que não pode ser normal para o Brasil deixar a competição na primeira fase, mas garantiu estar tranquilo quanto à posição do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, em relação ao trabalho feito na seleção.
– Só uma coisa que temo: a morte. É um trabalho que estamos fazendo desde a Copa do Mundo. Nós elogiamos a Alemanha, que levou 14 anos com seu projeto, e aqui queremos que seja fácil. Tem que ter paciência quando se faz reformulação – ressaltou.