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Com torcida de UFC, Brasil desbanca Espanha no basquete

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RIO – Vibrante desde o início em quadra e com uma torcida que parecia estar no UFC, sem poupar os espanhóis e até o árbitro com vaias e xingamentos, a seleção brasileira masculina de basquete conseguiu uma vitória sobre a Espanha, segunda melhor do mundo e prata nas últimas duas Olimpíadas, por 66 a 65, na tarde desta terça-feira, na Arena Carioca 1, na Barra. Os dois times entraram em quadra após derrotas na estreia, para Lituânia e Croácia, respectivamente. Com o resultado, o Brasil aumenta sua chances de se classificar entre os quatro melhores do Grupo B.

Se contra a Lituânia, o time e a torcida demoraram a acordar após um primeiro tempo 29 pontos atrás do adversário, dessa vez a seleção cumpriu a promessa de começar a partida alerta. E a torcida veio junto desde o início, vibrando não só com as cestas, mas com uma roubada de bola de Nenê e Leandrinho se jogando no chão para conseguir uma posse de bola. A pressão era ainda maior quando a Espanha tinha a posse de bola com muitas vaias e batidas de pé no chão.

Basquete 09.08

Dentro de quadra, o time correspondia, num sintonia perfeita. Ao contrário do que aconteceu na estreia, o armador Marcelinho Huertas fazia bom jogo e organizada a equipe. Com ele em tarde inspirada e a responsabilidade de pontuar dividida por toda a equipe, o time chegou a abrir oito pontos no primeiro quarto (18-10). Em uma enterrada de Augusto Lima após rebote, a torcida foi à loucura na arena.

Se ia bem, a seleção brasileira fazia mais faltas do que os adversários e obrigou Rubén Magnano a tirar jogadores fundamentais, como a dupla de pivôs titular, Nenê e Augusto Lima. Do outro lado, a Espanha, que chegou a virar, também tinha problemas. A 2 minutos do fim do primeiro tempo, Gasol, muito pressionado, errou dois lances livre. A 1min35seg do fim, o ala reserva Giovanonni botou o Brasil de volta na vantagem com uma cesta de três. Com 34 a 41 a frente a segundos do fim, a torcida pressionou a última posse de bola espanhola e, mais uma vez, comemorou o erro adversário.

Logo no início do terceiro quarto, Magnano voltou com a equipe titular (Marcelinho, Leandrinho, Marquinhos. Augusto Lima e Nenê), mas Nenê fez uma falta de ataque, sua terceira na partida, obrigando sua saída. Em seu lugar, entrou Cristiano Felício. E o jovem pivô levantou a torcida ao enterrar após ponte-aérea iniciada por Huertas. Após contra-ataque rápido, Leandrinho botou o Brasil com nove pontos de vantagem (42 a 33) a 6min51seg do fim do terceiro quarto. A Espanha voltou a empatar, mas com uma cesta de três de Benite o Brasil voltou a abrir oito pontos: 53 a 45.

Com o ginásio vibrando muito, o Brasil aumentou a vantagem com cesta e falta sobre Augusto Lima, que converteu o lance livre. A Espanha, no entanto, voltou a melhorar, deixando o estádio em silêncio quando, a seis minutos do fim, Sergio Llull acertou uma bola de três, deixando 57 a 64 para o Brasil. A 2min7seg do fim, com outra cesta de três de Llull, a Espanha passou por um ponto.

A 42 segundos, com dois pontos atrás, Nenê foi para dois lances livres e converteu apenas um. A 23 segundos do fim, Gasol foi quem teve dois lances livres a seu favor e, muito pressionado, errou os dois. Na sequência, Marcelinho levou o time ao ataque e arremessou. A bola tocou o aro e, com um toquinho, Marquinhos fez Brasil 66 a 65 a cinco segundos do fim. Após tempo pedido, os times foram para quadra com muita gritaria nas arquibancadas. Com a bola Rudy Fernandéz tentou, mas não conseguiu dar a vitória para os espanhóis. Festa na arquibancada.

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