Em um ano em que corria o risco de virar cigano no Brasileiro, o Botafogo criou raízes na Ilha do Governador. Como se sempre tivesse estado ali, transformou a arena em caldeirão. Mas chegou a hora da despedida. Com o fim da parceria com a Portuguesa, o duelo deste sábado, às 20h, contra a Ponte Preta, marca o adeus após menos de cinco meses. Botafogo em 23 de novembro
Uma eventual festa de despedida dependerá do resultado do confronto, fundamental para que o alvinegro ? sexto colocado, com 55 pontos ? encaminhe a classificação para a Libertadores. Já são quatro jogos sem vitórias, e Corinthians (54), Grêmio (53) e Chapecoense (52) estão na cola.
Diretoria, comissão técnica e jogadores reconhecem a importância do estádio para que o Botafogo tenha tido um ano tranquilo: os 64% de aproveitamento nas 12 partidas até aqui provam que houve recompensa técnica.
? A torcida sempre nos apoiou, e o time fez grandes jogos ali ? diz o volante Airton.
Financeiramente, o retorno é tímido. Cinco partidas deram prejuízo, e o lucro é de modestos R$ 163 mil.
O recorde de público foi batido há um mês, diante do Coritiba, quando 15.170 pessoas estiveram na arena. Há uma última chance de superar essa marca. Até ontem, 8 mil ingressos foram vendidos. Eles seguem à disposição em General Severiano, no Caio Martins, no Nílton Santos e na loja South do Nova Iguaçu Shopping, entre 10h e 17h. Na Arena Botafogo, as vendas vão até o intervalo.
? A arena foi uma aliada. Esperamos que a despedida seja com uma vitória. Certamente sentiremos saudade ? afirma o técnico Jair Ventura.
Enquanto se despede da Ilha, o Botafogo pensa em 2017. O meia argentino Walter Montillo, de saída do chinês Shandong Luneng, interessa ao clube, que já começou as negociações. A contratação do atacante Roger, da própria Ponte Preta, está acertada.