O governo da Bolívia suspeita que uma relação de parentesco tenha facilitado a concessão de licença para a LaMia operar voos domésticos e internacionais. A licença, concedida pela Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) em janeiro de 2016, foi concedida pelo diretor-executivo Édgar Pereira e assinada também pelo diretor Gustavo Vargas Villegas.
Villegas é filho de Gustavo Vargas, um dos diretores e sócio da LaMia. Para o ministro boliviano de Obras Públicas, Milton Claros, é possível identificar um conflito de interesses no procedimento.
– Já existe um grau de conflito de interesses porque a certificação de matrícula da LaMia, emitida em 19 de janeiro de 2016, foi assinada por ele (Villegas) e pelo diretor executivo Edgar Pereira. Este senhor (Villegas) teve que atuar e, por questão de integridade pessoal, deveria haver se declarado impedido – declarou Claros ao jornal “El Deber”.
Villegas, detido na tarde de quinta-feira em La Paz e levado para prestar depoimento, defendeu-se das acusações e disse que não tinha autoridade para conceder licenças.