O Ministério Público da Bolívia está em busca do terceiro sócio da LaMia, Marco Rocha Venegas, o único cujo paradeiro é desconhecido pelas autoridades. Um dos associados à empresa, o diretor-geral Gustavo Vargas, está preso desde a noite de terça-feira. Já o piloto Miguel Quiroga, que conduzia o voo da Chapecoense e também era sócio da LaMia, morreu na queda da aeronave.
As autoridades bolivianas desconfiam que Rocha esteja na Colômbia, e por isso busca informações na departamento migratório do país. Rocha é investigado devido à tragédia do último dia 29, que provocou a morte de 71 pessoas, entre jogadores do clube brasileiro, jornalistas e membros da tripulação.
Enquanto Rocha ainda é procurado, Gustavo Vargas foi acusado formalmente pelo Ministério Público boliviano, na quarta-feira. De acordo com o promotor Ramiro Guerrero, as acusações são três: homicídio culposo, lesões graves e ser responsável por desastre aéreo.
– Apresentamos a denúncia formal contra Vargas e a autoridade judicial deverá, em um prazo de 24h, marcar uma audiência de medidas cautelares – explicou Guerrero.
Vargas foi levado para prestar depoimento na terça-feira, mas alegou problemas de saúde e acabou internado às pressas no Hospital San Juan de Dios, em Santa Cruz de la Sierra. Após ser avaliado pelos médicos, Vargas ficou detido nas dependências da Força Nacional de Luta Contra o Crime, departamento da Polícia Federal boliviana.