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Artigo: A Colômbia quer repetir o grande feito

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Ganhar. Repetir o título. Esta é a meta do futebol colombiano nesta nova edição da Copa Libertadores da América. E é um objetivo apenas óbvio. Atlético Nacional é o atual campeão e quer defender sua coroa com a ideia básica de regressar ao Mundial de Clubes, de onde voltou com o gosto amargo da derrota para o japonês Kashima por 3 a 0 e não poder enfrentar o Real Madrid.

Caderno especial da Libertadores – 07.03

A Libertadores para a Colômbia é um velho sonho de apenas três alegrias para seus torcedores em toda a história: dois do Nacional (1989 e 2016) e um do Once Caldas (2004). Embora o futebol colombiano, inegavelmente, tenha pequena trajetória de conquistas no torneio, neste 2017 Nacional e Santa Fé querem chegar à final. E o Independiente Medellín, sem descartar nada, espera jogar, ao menos, uma semifinal.

Há razões imediatas para isso. O Nacional é atual campeão e, em sua campanha de 2016, foi um ?local? e um ?visitante? temido. O melhor, sem discussão. Além disso, foi finalista da Sul-Americana e era o favorito para conquistá-la antes da tragédia da Chapecoense. Reinaldo Rueda, o melhor técnico da América, segue à frente da equipe que é a mais forte da Colômbia.

Santa Fé, por sua parte, foi o anterior campeão da Sul-Americana e chegou à semifinal da Libertadores em 2013 e em 2015. Seu treinador, o argentino Gustavo Costas, armou um time muito forte na defesa e com poder de velocidade e jogo aéreo no ataque. É uma equipe forte e trabalhada. Sério. Os velhos comentaristas diriam que esta é uma equipe de estilo mais uruguaio do que colombiano.

Independiente Medellín aposta tudo no jogo ofensivo de seu novo treinador, o argentino Luis Zubeldia, e na habilidade e no poder de um meio-campo de tocadores de bola. Nas últimas rodadas do campeonato local, encontrou maior solidez defensiva.

Mas o novo formato anual da Libertadores abre grandes interrogações: os times manterão seus melhores jogadores após a abertura de transferências na metade do ano? Na prática, serão ?dois torneios?, um antes e outro depois de junho?

Seja como for, a Colômbia quer e está pronta para repetir o título.

*Gabriel Meluk é editor de esportes do jornal ?El Tiempo?, da Colômbia