RIO – Com a euforia olímpica tomando conta da cidade, quem não comprou ingresso antes dos Jogos agora quer entrar na festa. Mas, para isso, enfrenta uma maratona atrás de entradas para as competições, mesmo nas que o Brasil não está em jogo. Há dois principais meios de atingir o objetivo: um é acompanhando diariamente o site oficial de vendas (ingressos.rio2016. com), torcendo para que haja devoluções para as disputas mais concorridas, como as de basquete, vôlei e futebol; o outro é recorrendo às redes sociais. Páginas como a ?Comprei e não vou! ?, com mais de 30 mil membros no Facebook, vêm bombando com gente querendo e também oferecendo ingressos. Nesse caso, porém, os retardatários atrás de bilhetes precisam ter cuidado para não cair na rede de um cambista virtual. ingressos
Outro caminho são as bilheterias nas arenas. Mas, nesse caso, são necessárias doses de paciência e sorte: na do vôlei de praia, em Copacabana, corre-se o risco de enfrentar três horas de fila sob o sol e ainda não conseguir entradas para as provas sonhadas. O Comitê Rio 2016 afirma que, com a abertura dos Jogos, a corrida por ingressos deu um salto: até duas semanas atrás, em média eram vendidos cerca de dez mil por dia; anteontem, foram cem mil para as sessões do dia seguinte. Dez vezes mais. Para segunda-feira, 82% dos bilhetes acabaram vendidos. Até a cerimônia de sexta, cerca de cinco milhões tinham sido comprados, restando ainda um total de 1,1 milhão para o público.
A administradora Thalita Paulino, de 33 anos, é uma das que correm atrás de entradas. Ela queria assistir ao atletismo na manhã do próximo sábado:
? As opções que ainda encontro custam R$ 900 e R$ 1.200. Não desmerecendo o esporte, gostaria muito de poder pagar, mas não posso desembolsar isso para ver uma pessoa correr por dez segundos.
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