As novas pesquisadoras e pesquisadores selecionados irão participar do projeto de forma voluntária e, entre outras tarefas, farão visitas técnicas e periódicas aos serviços inseridos na rede de proteção à mulher em situação de violência, para realização de coleta dos dados. Com isso, a expectativa é de que possam contribuir para a construção do mapeamento da violência de gênero na tríplice fronteira, a fim de fortalecer a relação entre os serviços de proteção à mulher e, ao final, subsidiar elementos para elaboração de políticas públicas direcionadas aos temas de direitos humanos, gênero e diversidade na região. Outro produto final do projeto será a construção de uma plataforma comum destinada aos equipamentos da rede de atendimento, para que seja possível o registro e o compartilhamento de informações.
Para participar, os interessados devem comprovar que tenham realizado ou estejam realizando projeto na área de gênero, preferencialmente na temática de violência, e ter disponibilidade de carga horária mínima de quatro horas por semana para coleta de dados nas instituições, além de participar das reuniões mensais. Não há obrigatoriedade de ter um vínculo prévio com a Universidade. As inscrições podem ser realizadas até o dia 19 de abril, por meio do sistema Inscreva da UNILA, que pode ser acessado em: bitly.com/chamadaOGD. O processo seletivo simplificado consistirá na análise da carta de interesse apresentada pelos candidatos, identificando as atividades e projetos realizados relacionados ao tema, que devem ser submetidos com a devida comprovação. Também haverá uma etapa de entrevistas, que serão realizadas on-line. Todas as demais informações podem ser consultadas no edital da chamada pública, que pode ser encontrado em: bit.ly/editalOGD.
A coordenadora do projeto, Cleusa Gomes da Silva, explica que o Observatório de Gênero e Diversidade na América Latina e Caribe vem atuando na UNILA desde 2018 e suas atividades tiveram início no Instituto Mercosul de Estudos Avançados (IMEA). Desde então, o Observatório vem reunindo instituições internas e externas à Universidade para trabalhar com o tema de violência de gênero. “Este será o primeiro mapa que vai mostrar o retrato da temática na nossa região e marca um momento importante, que é a formação de um corpo de pesquisadoras que se dedica a essa área dentro da Universidade e também a formação de uma rede maior, com a participação de pesquisadoras da UFRJ e demais instituições parceiras locais que compõem o Observatório”, destaca.