Em 11 de maio de 2011, a ONU decretou a Década de Ação para Segurança no Trânsito. Com isso, o mês de maio se tornou referência mundial para balanço das ações que o mundo inteiro realiza. Nasceu então o Maio Amarelo, com a proposta de chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. Em Cascavel, a mobilização foi realizada entre o poder público e a sociedade civil organizada, e o Centro Universitário FAG realizou uma série de ações como forma de apoio à iniciativa.
O fotógrafo e professor do curso de Fotografia do Centro FAG, Luís Fernando Frandoloso, clicou de forma sensível e poética os danos materiais de um acidente de trânsito. Ele fez um recorte de veículos de acidentes que aconteceram na região e estão no pátio da PRF (Polícia Rodoviária Federal), trazendo um olhar reflexivo sobre as vidas perdidas no trânsito.
A PRF também trouxe um carro que se envolveu em um acidente na BR-467. O curso de Publicidade e Propaganda realizou a ação "Drink Premiado". A campanha, feita pela Agecin (Agência Experimental de Comunicação Integrada) em parceria com o Ministério Público e outros órgãos de segurança, mostra às pessoas o risco que elas assumem ao beber e dirigir. O mote do projeto é criativo e evidencia aos condutores que a partir do momento que optaram pela combinação de consumir bebidas alcoólicas e dirigir eles estão automaticamente concorrendo aos prêmios do Drink Premiado. Os prêmios são inúmeros, como multas, perder a carteira de habilitação e até se envolver em acidentes graves provocando a morte de terceiros, de alguém da família e ou até a dele próprio. Na oportunidade, também foram distribuídos laços amarelos em alusão à Campanha Maio Amarelo.
Duas palestras foram realizadas no câmpus: uma com o Tenente da Polícia Militar, Roberto Tavares, que falou sobre os cuidados no trânsito para os colaboradores da Instituição, e outra com o Inspetor da PRF, Félix Ribeiro, que trouxe aos acadêmicos uma mensagem de conscientização. Os idosos do Centro de Convivência Nair Ventorin Gurgacz também foram orientados. Eles participaram de uma ação conduzida pela Cettrans. “Quando conseguimos somar esforços, conseguimos disseminar a informação para um maior número de pessoas. Com o apoio da FAG, por exemplo, pudemos levar a mensagem para um público que é vítima recorrente dos acidentes de trânsito”, elogia o Promotor de Justiça, professor de Direito do Centro FAG e um dos profissionais à frente da Campanha em Cascavel, Guilherme Carneiro. “O Maio Amarelo é educativo, porque trata de um tema transversal, que é, inclusive, abordado nas diretrizes do MEC (Ministério da Educação e Cultura). A FAG diversificou as ações e conseguiu impactar o público”, complementa o Vice-reitor, Sérgio De Angelis.
DEPOIMENTOS
Outra ação da Instituição foi uma série de reportagens com personagens que foram impactados pelos acidentes de trânsito. Entrevistas com duas acadêmicas, que tiveram a vida por um fio, após ocorrências geradas pela imprudência alheia e o depoimento de uma mãe, que perdeu a filha em um acidente de moto, foram divulgados no site, facebook e instagram da FAG.
Heloísa Dantas, acadêmica de Educação Física, sofreu um acidente de moto em 14 de setembro de 2015, após um caminhão “furar” a preferencial. Ficou 13 dias em coma e, por meses, reaprendeu atividades básicas, como se alimentar sozinha e andar
Roseli Fernandes é mãe de Jaqueline Fernandes, acadêmica de Medicina Veterinária. A jovem morreu em um acidente de moto em 24 de setembro de 2017, depois que um veículo invadiu a pista em que ela estava e a arremessou na canaleta da rodovia.
Suellen Barth, acadêmica de Arquitetura e Urbanismo, ficou em coma por cinco dias depois que um veículo em alta velocidade bateu na moto em que ela estava, em 09 de março de 2013. Até hoje, o condutor não foi identificado.