Curitiba – Após fechar agosto com nova queda, o Paraná viu a arrecadação do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) reagir na primeira quinzena de setembro. Boletim conjuntural elaborado pelas Secretarias da Fazenda e do Planejamento e Projetos Estruturantes, divulgado nessa sexta-feira (25), revela um pequeno aumento (3,7%) em relação ao mesmo período de 2019: de R$ 1,95 bilhão contra R$ 1,88 bilhão – R$ 70 milhões a mais.
A alta se deve principalmente à reação nos setores de Comércio Atacadista (aumento de 16,5%), Indústria (10%) e Combustíveis (1,6%). Juntos, os três segmentos têm uma participação de 56% em todo o bolo do ICMS do Estado.
No ano, a queda acumulada é de R$ 1,49 bilhão, 6,4% menos que o mesmo período de 2019.
De acordo com os técnicos da Receita e do Ipardes, ainda não é possível afirmar que a recuperação seja total nem duradoura. O resultado de 2020 ainda é puxado pelo impacto positivo do auxílio emergencial do governo federal, de R$ 600 por pessoa, que injetou cerca de R$ 2 bilhões ao mês na economia paranaense – o que se refletiu no comércio e, consequentemente, na arrecadação.
Destaques
O início de setembro manteve os níveis de recuperação observados em julho e agosto. Oito dos 11 segmentos analisados fecharam a quinzena com altas nas vendas em relação a 2019: áudio, vídeo e eletrodomésticos (41%), materiais de construção e ferragens (24%), hipermercados e supermercados (12%), farmácias (6%), informática e telefonia (5%), cosméticos e higiene pessoal (3%), cama, mesa e banho (2%) e veículos novos (1%). Por sua vez, sofreram quedas em agosto os setores de vestuário e acessórios (-13%), calçados (-22%) e restaurantes e lanchonetes (-30%).
Estes três últimos segmentos são os mais afetados pela crise e também registram as maiores perdas no acumulado do ano: -27%, -33% e -36%, respectivamente.