Rio de Janeiro – O preço médio de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras, a partir de hoje (2), passará de R$ 3,53 para R$ 3,28 por litro. A mudança, segundo a companhia, representa uma redução de R$ 0,25 por litro. De acordo com a empresa, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, “a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,57, em média, para R$ 2,39 a cada litro vendido na bomba”.
Segundo a estatal, a redução “acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus valores com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”. A Petrobras informou, também, que publica em seu site informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor, para contribuir com a transparência de valores e melhor compreensão da sociedade.
Quando esteve em Curitiba, na quarta-feira (31), Bolsonaro adiantou que uma boa notícia chegaria ainda esta semana. “Combustíveis toda semana temos uma boa notícia. Hoje é quarta-feira, eu acho que até sexta vai ter mais uma boa notícia porque está sendo uma prática do novo presidente da Petrobras”, disse.
De acordo com a Petrobras, essa foi a maior queda desde abril de 2021 (8%), sendo o quarto corte desde julho, sendo que o último reajuste para cima da gasolina foi no dia 19 de junho. Vale considerar também que desde o final do primeiro semestre, o barril do petróleo tipo Brent, teve um recuo de 18% na sua contação, período em que a estatal brasileira passou a ser comandada por Caio Paes de Andrade. Outros destaques também foram as reduções no preço do diesel e dos combustíveis de aviação, além de uma redução de 6,4% no preço do asfalto.
Também colabora com o bolso do consumidor, a redução da alíquota do ICMS dos estados sobre os combustíveis, agora fixado em 17%.
Em entrevista ao O Globo, Sergio Araujo, presidente da Abicom, que reúne os importadores de combustíveis, disse que a queda é justificada por conta da política de preços da estatal, que é baseada na paridade de importação. Dados da Associação mostram que, antes de a Petrobras reduzir os preços, a gasolina vendida no Brasil pela companhia estava R$ 0,36 mais cara do que a vendida no exterior. “A companhia está seguindo os preços do exterior, pois o preço do petróleo está em queda. Por isso, a companhia vem mantendo sua política de paridade de preços, o que é positivo para a indústria”, avaliou Araujo.
Foto: ABR