Economia

Confiança do industrial paranaense em setembro é a maior em sete meses

Pesquisa da CNI em parceria com a Fiep mostra que, em setembro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial chegou a 64,8 pontos, o maior patamar de um ano

Foto: Gelson Bampi
Foto: Gelson Bampi

Curitiba – A pesquisa mensal da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em parceria com a Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) mostra que, em setembro, o Icei (Índice de Confiança do Empresário Industrial) chegou a 64,8 pontos, 3,4 pontos acima de agosto e 5,2 pontos a mais do que foi registrado em setembro de 2019. Com isso, o indicador superou o resultado obtido antes do início da pandemia, em março.

O valor também é superior à média mensal de 2019 (62,2) e a deste ano (53,9). Desde agosto, quando o indicador deu um salto de 12 pontos em relação a julho, os resultados já sinalizavam para uma mudança significativa no comportamento do industrial paranaense. “É clara a trajetória de recuperação da confiança do empresário. E isso se deve principalmente ao que ele espera para os próximos seis meses”, analisa o economista da Federação das Indústrias do Paraná, Evânio Felippe.

Ao decompor o ICEI, o índice de expectativas ficou em 68,9 pontos. O de condições, que avalia os últimos seis meses, somou 56,5. Ambos estão na área de otimismo, acima dos 50 pontos, e bem melhores que os do mês passado.

Porém, o economista afirma que o momento atual ainda é de cautela para avaliar como o setor deve se comportar nos próximos meses. “A evolução da confiança depende da continuidade da flexibilização das medidas de isolamento, dentro dos padrões seguros, que incentivam o consumo e, por consequência, fazem a economia girar. As próprias previsões dos analistas de mercado com relação ao futuro são incertas, mas apontam para uma visão mais otimista do que as divulgadas quando a pandemia começou”, ressalta.

Sondagem

Os resultados da Sondagem Industrial de agosto confirmam o aumento na confiança do industrial este mês. Segundo a avaliação, questionados sobre o volume de produção em suas empresas, comparado com o mês anterior, 43% dos entrevistados informaram que houve aumento e 45% estabilidade. Quando questionados sobre o nível da capacidade instalada, 30% sinalizaram que estão operando acima do usual e 48% com a mesma capacidade normal para o mês. Metade dos empresários afirmou operar com até 69% da capacidade total da empresa, quando o ideal, em plena atividade, seria um patamar mais próximo a 100%.

Com relação aos empregos, 53% declararam que pretendem manter o atual quadro de colaboradores, enquanto 40% devem contratar mais.