Das empresas ativas no país, quase 70% delas são formadas por microempreendedores individuais (MEI). Segundo o boletim Mapa de Empresas, existem 13.489.017 MEI no país, de um total de 19.373.257 empresas ativas.
Segundo dados divulgados pela Agência Brasil, nos quatro primeiros meses de 2022, foram abertas 1.350.127 empresas em todo país, número 3,2% inferior ao registrado no primeiro quadrimestre de 2021. No mesmo período, 541.884 empresas fecharam as portas, apresentando uma alta de 23% na mesma comparação.
Já nas demais categorias de empresas, o ritmo de abertura varia. De janeiro a abril, 226.549 sociedades empresariais limitadas foram criadas, alta de 19,1% em relação ao mesmo período de 2021 e de 3,2% sobre os quatro meses finais de 2021. Ao todo, existem 4.667.178 empresas dessa categoria em funcionamento no Brasil.
Para Clodoaldo Oliveira, diretor geral da JValério Gestão e Desenvolvimento, o número de fechamentos de empresas é preocupante, não apenas pela questão da redução do número de empregos no país, mas principalmente pela visão de negócio e a gestão propriamente dita. “Com os dados, mostra que, além da crise micro e macroeconômica que o país vivencia, o empresariado não possui uma visão estratégica, nem mesmo um olhar para o futuro em termos de gestão”, salienta.
“O Brasil atingiu a marca de quase 600 mil empresas fechadas em dois anos, é claro que, com a pandemia, a reserva financeira foi limitada para resistir as mudanças exigidas, e o acesso ao crédito financeiro no Brasil, se tornou mais difícil”, explica. No entanto, para Clodoaldo, o importante para as empresas é ter um olhar ambidestro a respeito da sua gestão. “Independentemente de ser um micro, pequena ou grande empresa. É necessário o planejamento ambidestro, ou seja, olhar para os cenários existentes, as crises e pensar no futuro. Avaliar as matrizes de impacto, o cenário atual e as perspectivas de futuro e o plano de ação de fato”, avalia. “Para sobreviver no mercado é preciso fazer a lição de casa, não pensar apenas no retorno financeiro que terá, mas estar equilibrado com a gestão da empresa”, pontua Clodoaldo.
E o segundo semestre de 2022 promete ser um desafio aos empresários, principalmente ao microempreendedor. “Teremos um período eleitoral, seguido do evento mais almejado pelo brasileiro que é a Copa do Mundo. Durante o período que antecede as eleições o clima de instabilidade toma conta dos investidores, que diminuem o ritmo, causando o desaquecimento da economia, a diminuição das contratações. Precisamos nesse ano investir apenas no que é necessário”, alerta Clodoaldo.
Para o diretor, o cenário de incerteza econômica e política de 2022 ensina o empresário a olhar a estrutura do seu negócio, em como ela está no hoje e se essa estrutura conversa com o futuro, conforme ele venha a ser apresentado. “Não podemos ficar com os braços cruzados esperando o resultado de outubro. Precisamos sim avaliar todos os cenários, federais, estaduais e mundiais para planejar as ações de gestão. E esse tipo de atitude é fundamental ao microempreendedor, mesmo com um futuro incerto, não se pode viver apagando incêndios empresariais”, enfatiza.
Soluções – Programa de Aceleração de Negócios
Para o pequeno empresário, a solução oferecida pela JValério para gestão da empresa é o Programa de Aceleração de Negócios – PAN, que conversa com a necessidade do microempreendedor e com as ferramentas de negócios. “No PAN o empresário aprende a dominar os objetivos e resultados chave, as OKRs, e na conquista de resultados no curto prazo e principalmente com o envolvimento de toda a equipe”, enfatiza Oliveira.
O PAN está aberto também para organizações em processo de desenvolvimento. O programa oferece diagnósticos de evolução e plano de negócios para as próximas ações da empresa. Também contempla uma série de abordagens por meio de workshops, mentorias e reuniões de acompanhamento para saber como estão caminhando as execuções das ações inovadoras.
“Todo esse processo que busca novos níveis de resultados não poderia funcionar sem envolver lideranças e equipes de trabalho. Eles serão estimulados a troca de experiências sobre como melhorar as práticas e o relacionamento entre seus setores”, explica Clodoaldo.
Vale ressaltar que o programa funciona por meio de ciclos anuais de desenvolvimento. Os conteúdos e metodologias não são uniformes e todos são adaptados às necessidades e características de cada empresa. “Professores da Fundação Dom Cabral e profissionais do mercado estarão à disposição para conversar e trocar experiências, por meio de mentorias online. Além disso, são oferecidos ainda aos participantes uma série de conteúdos complementares como cases, artigos, vídeos, podcasts e textos de apoio”, salienta. “É importante que o empresário não permita que o seu negócio inicie ou vá para a UTI. Um planejamento adequado permite que o negócio não morra antes de começar”, finaliza Clodoaldo.
Assessoria