Economia
Alta na taxa de juros deve encarecer crédito a empresas
Com a taxa Selic a 2,75% ao ano, primeiro aumento desde 2015, empreendedores precisam ficar mais atentos a opções de crédito e financiamento
Depois de um ano de manutenção de baixos índices, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou a taxa básica de juros da economia em 0,75 ponto percentual, o que leva a Taxa Selic para o patamar de 2,75% ao ano. O movimento era esperado pelo mercado financeiro, que espera ainda um possível aumento da inflação, que fechou 2020 a 4,52% – acima do centro da meta, que era de 4%.
Nesse cenário, as linhas de crédito disponíveis para pequenos empreendedores tendem a registrar alta, o que já vem ocorrendo desde janeiro de 2021, com registro de taxa média de 2,20% – em dezembro, essa taxa foi de 1,70%. A alta deve ser refletida também pelos grandes bancos – em 2020, com boas condições de mercado, as cinco maiores instituições registraram um aumento médio ponderado de 52% no spread bancário em seis linhas analisadas, passando de 259% a 343% em relação à Taxa Selic.
Em um contexto no qual o crédito fica mais difícil e caro para os empresários, é cada vez mais necessário oferecer acesso a ferramentas de comparação e diversificação de recursos. “Se ao longo dos últimos meses os empresários precisaram ser resilientes para manter suas atividades, nos próximos tempos, eles precisarão ser mais atentos sobre o cenário econômico do País para continuarem aproveitando as melhores opções disponíveis de crédito”, diz Juliano Graff, fundador da Capital Empreendedor.