LONDRES – O fundo de pensão de professores da Califórnia está processando a Volkswagen, na ação judicial mais recente a emergir do escândalo de emissões de poluentes que derrubou o valor de mercado da companhia em mais de US$ 20 bilhões. Segundo o escritório de advocacia Quinn Emanuel, o processo foi aberto n Tribunal Distrital de Brunsvique, na Alemanha. Os danos podem chegar aos ? 700 milhões (US$ 792 milhões) se outros investidores se juntarem à ação do grupo, acrescentou o escritório.
?As empresas devem ser responsabilizadas quando se envolvem em fraude deliberada difundida, que destrói valor ao acionista, danifica as reputações e prejudicam o público?, afirmou Brian Bartow, conselheiro-geral do fundo de pensão em comunicado.
A Volkswagen admitiu no ano passado que instalou um software para se enquadras em níveis governamentais de emissão de emissão de poluentes em veículos movidos a diesel, reconhecendo que precisaria reparar pelo menos 11 milhões de carros. A companhia enfrenta mais de 600 ações de clientes americanos que alegam que foram prejudicados e investidores na Alemanha e nos EUA.
A montadora ainda é alvo de penalidades regulatórias da ordem de US$ 10 bilhões. Os lucros da VW, no primeiro trimestre, recuaram 86%. Representantes da montadora não comentaram o novo processo.
Na segunda-feira, promotores alemães disseram que investigam se o ex-diretor executivo da companhia, Martin Winterkorn demorou para informar os acionistas sobre os potenciais custos do recall dos veículos atingidos pela fraude.
O inquérito busca saber se a empresa deveria ter revelado os riscos antes, disseram as autoridades. Em 22 de setembro do ano passado, quatro dias após o escândalo vir a público, a VW resgardou ? 6,5 bilhões para cobrir custos com a reparação dos carros. Mais tarde, o montante foi elevado para ? 16,2 bilhões.
Segundo o Quinn Emannuel, os investidores compraram ações da companhia sob preços inflados já que a empresa teria enganado os mercados sobre os dados de emissão dos carros a diesel.