Cotidiano

Vitiligo: o que é a doença que causa manchas na pele

No dia 25 de junho é comemorado o Dia Mundial do Vitiligo, data criada para conscientizar a população e minimizar o preconceito sobre a doença que afeta 0,5% da população mundial e é caracterizada pela perda de pigmentação da pele. “Apesar de ser uma doença benigna e não contagiosa, as lesões provocadas pelo vitiligo geram um impacto significante na qualidade de vida e na autoestima do paciente, atrapalhando-o tanto psicologicamente, quanto profissionalmente e socialmente”, afirma a dermatologista Valéria Marcondes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology.

De acordo com a especialista, o principal e único sintoma da doença apresentado pela maioria dos pacientes é o surgimento de lesões cutâneas de hipopigmentação, ou seja, manchas brancas de tamanho variado na pele que se formam devido à diminuição ou à ausência de melanina nos locais afetados. “As causas do vitiligo ainda são desconhecidas, mas já se sabe que fenômenos autoimunes e alterações emocionais, como estresse, são fatores que estão relacionados com a doença, podendo desencadeá-la ou agravá-la. Além disso, pessoas com a pele mais escura e que possuem histórico de vitiligo na família têm mais chance de sofrer com a doença”, explica.

Devendo ser diagnosticado clinicamente por um dermatologista, o vitiligo pode ser classificado em dois tipos: segmentar ou unilateral e não segmentar ou bilateral. O primeiro, que normalmente aparece quando o paciente ainda é jovem, manifesta-se apenas em uma parte do corpo, podendo afetar também a coloração dos pelos e cabelos. “Já o vitiligo não segmentar ou bilateral é o tipo mais comum da doença e manifesta-se de forma generalizada, geralmente surgindo primeiro nas extremidades do corpo, como mãos e pés. Desenvolve-se em ciclos de perda de cor e estagnação que duram a vida toda e tendem a se tornar maiores com o tempo”, completa a dermatologista.

Foto: DIVULGAÇão