RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO – As vendas no varejo do Brasil surpreenderam e recuaram em maio, com o pior resultado para o mês na série histórica, mostrando que o fôlego visto recentemente não conseguiu se sustentar em meio ao cenário de inflação e desemprego elevados e recessão econômica.
As vendas no varejo caíram 1% em maio, sobre o mês anterior, com queda de 9% na comparação com o mesmo mês de 2015, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ambos os resultados são os piores para maio desde o início da série do IBGE, em 2000 e, na base anual, essa é a 14ª taxa negativa seguida.
Os resultados foram bem piores do que as expectativas em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,40% sobre abril e de queda de 6,15% na comparação com maio de 2015, segundo a mediana das projeções.
Os destaques entre as atividades pesquisadas foram, segundo o IBGE, as quedas de 2,4% nas vendas de artigos de uso pessoal e doméstico e de 1,3% em móveis e eletrodomésticos.
Já as vendas em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, setor com maior peso na estrutura do comércio varejista, ficaram estáveis em maio na comparação com abril.
O volume de vendas do varejo ampliado _ que inclui veículos e material de construção _ reduziu o ritmo de queda em maio a 0,4%, após recuo de 1,5% em abril. Segundo o IBGE, esse resultado deveu-se à alta de 1% na comercialização de veículos e motos, partes e peças, após dois recuos seguidos.