RIO ? Morreu neste domingo, aos 88 anos, por complicações de uma pneumonia, o jornalista e escritor americano Jimmy Breslin, vencedor do Prêmio Pulitzer em 1986. Ele passou décadas escrevendo crônicas sobre a vida em Nova York. Antes de sua morte, ele tinha uma coluna semanal, aos domingos, no jornal “New York Daily News”.
Em sua carreira, entre outros feitos, Breslin entrevistou o coveiro de John Kennedy, trocou cartas com o serial killer Son of Sam e documentou a esperança dos sobreviventes nos destroços do atentado terrorista de 11 de setembro de 2001.
Ele foi alcunhado pelo “New York Daily News” de “máquina de furos”. Breslin trabalhava no jornal no dia em que recebeu uma carta de Son of Sam, o assassino que assombrou as ruas de Nova York em 1976 e 1977 (leia aquii a coluna sobre o caso na íntegra).
Em 1963, o “repórter das ruas”, como Breslin gostava de se descrever, chamou atenção ao entrevistar “uma das últimas pessoas a servirem John Fitzgerald Kennedy” para o “New York Herald Times”: o coveiro Clifton Pollard, de 42 anos.
“Clifton Pollard estava certo de que estaria trabalhando naquele domingo”, começava a coluna, considerada por muitos uma obra-prima do jornalismo.
Em uma entrevista à CNN, em 2013, ele explicou seu método simples de trabalho: “Mantenha sua boca calada e seus olhos abertos e siga em frente”.