Capanema Dizendo-se cansados de esperar, agricultores voltaram a protestar contra a Usina do Baixo Iguaçu nesta semana na região de Capanema, no Sudoeste. Na segunda-feira, ocuparam a frente do escritório da Neoenergia (consórcio que venceu licitação para a construção da hidrelétrica) e atacaram a guarita do acesso ao canteiro de obras, no interior quase na divisa com Capitão Leônidas Marques. Os agricultores pedem valores justos de indenização da terra e a apresentação de áreas a assentamentos coletivos.
Líderes se mobilizam para que os ânimos se acalmem e o acordo saia o mais depressa possível. Alguns chegam a defender a paralisação das obras, que começou pelo menos três anos depois do que deveria, até que uma solução definitiva apareça. Ontem, diante da sequência dos protestos, a assessoria da hidrelétrica emitiu nota à imprensa: A Usina Baixo Iguaçu repudia os atos de violência praticados por um pequeno grupo de manifestantes ligados ao Movimento dos Atingidos por Barragens, e a nova tentativa de bloqueio do seu canteiro de obras.
E segue: A Usina informa que os levantamentos físicos das terras vizinhas ao empreendimento já foram realizados em quase todas as propriedades. Essa atividade tem participação dos proprietários e arrendatários que fazem o acompanhamento de todo o trabalho. E conclui dizendo que reitera sua proposta de indenização apresentada em outubro de 2016 que inclui, entre outras vantagens, o reajuste de 44% em relação ao caderno de preços de 2013 a todas as propriedades. Ela informa já ter concluído negociações com 25% dos proprietários e arrendatários que têm direito às indenizações.