Cotidiano

Uma tarde de sorrisos

Faltando ainda alguns dias para o Natal, as crianças e adolescentes em tratamento contra o câncer no hospital Uopeccan, receberam antecipadamente um presente especial da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Uma festa com direito a música, cama elástica, tobogã, pinturas de rosto, algodão doce, pipoca e muitas brincadeiras foi preparada na sede da polícia, em Cascavel, na tarde de ontem.

Conforme o policial rodoviário federal Diego Gordilho, este é o segundo ano que a PRF organiza a ação e proporciona uma tarde divertida às crianças. “Os pacientes em tratamento contra o câncer infantojuvenil passam por situações muito difíceis e para nós é uma satisfação muito grande em fazer esta festa”, relata.

Ketlyn Vitória Belchior, de sete anos, diz que aproveitou a tarde para brincar. “Fiz uma cirurgia na minha barriga e agora que melhorei posso pular na cama elástica”, conta a menina, que viu de perto um de seus super-heróis preferidos, o homem-aranha. “Já tirei foto com ele, com a Minnie, com a Branca de Neve. Gostei muito”, celebra.

Dando exemplo

Alguns policiais aproveitaram a oportunidade para raspar o cabelo, uma forma de mostrar aos pacientes que ficar careca faz parte do tratamento. “Mostramos aqui que o cabelo cresce de novo, que elas não precisam se importar com isso. É algo normal na situação delas”, comenta Gordilho.

Thauany Soares, de 12 anos, foi uma das ajudantes. Com o auxílio de um cabeleireiro, em meio a muita risada, raspou os cabelos dos policiais. “Foi muito legal, e é bem melhor do que estar lá no hospital”, garante.

Degrau para a cura

Voluntária na Legião Feminina de Combate ao Câncer, Mara Drummond Salgado, afirma que a ação da PRF fez com que as crianças e adolescentes esquecessem, temporariamente, a difícil batalha que enfrentam todos os dias. “Trazê-los para cá para uma tarde diferente, longe do hospital, faz um parênteses neste momento difícil em que vivem. Sem dúvida ajuda muito na recuperação, dá para ver na carinha deles a felicidade, um momento em que eles realmente se tornam crianças e fazem aquilo que tem vontade. É mais um degrau no caminho da cura de cada um”, reitera.