Cotidiano

UE vai retirar benefícios de países que não freiam imigrantes

BRUXELAS ? A Comissão Europeia vai propor nesta terça-feira a utilização pela primeira vez dos chamados ?incentivos negativos? contra países terceiros que não freiam o fluxo migratório, o que prevê limitações a ajudas, vantagens comerciais e outros benefícios. Bruxelas quer que a crise de imigrantes seja colocada no centro dos acordos firmados com nações como Líbia, Jordânia e Tunísia.

A situação ao sul da Europa está se deteriorando a cada dia. A Líbia abriga hoje mais de 230 mil migrantes, dos quais ?dezenas de milhares buscam maneiras de entrar na União Europeia?, segundo o documento que será apresentado nesta terça-feira ao Parlamento Europeu.

Ante esta situação, a Europa deveria ?estar preparada para dar mais apoio aos países que fazem mais esforços, mas sem evitar incentivos negativos?, acrescentou o texto, ao qual o jornal ?El País? teve acesso. A questão comercial, até agora ligada a outros critérios, deverá ser vinculada a compromissos migratórios.

Especialistas, no entanto, avaliam que condicionar vantagens comerciais a contenção da migração pode ser ilegal. Outros países que podem ser afetados com a medida são Níger, Nigéria, Mali, Etiópia e Senegal.