WASHINGTON ? Com um fraco desempenho nas pesquisas de intenção de voto, o candidato presidencial republicano Donald Trump reformulou sua equipe de campanha pela segunda vez em dois meses, nomeando dois novos líderes.
O pesquisador Kellyanne Conway vai ocupar o cargo de gerente de campanha, e Stephen Bannon, do site Breitbart News, assume como CEO.
Investigado em um caso de corrupção na Ucrânia, Paul Manafort continua na presidência, mas analistas dizem que ele foi efetivamente rebaixado. Segundo Trump, os novos líderes são ?pessoas incríveis, campeões?.
A agência Associated Press disse que os detalhes da nova equipe foram fechados em uma reunião na Trump Tower na terça-feira, e que mais nomeações eram esperadas nos próximos dias.
Embora as eleições presidenciais sejam daqui a três meses, estrategistas republicanos se preocupam cada vez mais com a distância que a candidata democrata, Hillary Clinton, está abrindo em relação a Trump.
Enquanto as pesquisas coletadas pelo site Real Clear Politics (RCP) dão uma vantagem de 4 a 9 pontos percentuais para a ex-secretária de Estado (com uma média nacional de 6,7 pontos à frente do bilionário), consultas realizadas em estados, alguns deles chave para a eleição, mostram uma diferença que chega a 25 pontos.
A média de Hillary subiu um ponto percentual nos últimos quatro dias, segundo o RCP, e o caminho para a vitória de Trump estaria ?se estreitando a cada dia?, comentou o estrategista republicano Matt Mackowiak em entrevista ao ?International Business Times?.
A principal fonte de preocupação está nas batalhas estaduais, já que pelo sistema eleitoral americano o vencedor leva todos os votos no colégio eleitoral do estado onde vence. Trump está atrás em locais que podem definir a eleição.
Entre os motivos para Hillary abrir vantagem estão declarações polêmicas do candidato após as convenções dos partidos. Trump criticou a família de um militar americano morto no Iraque, sugeriu que ?o pessoal da Segunda Emenda? (que defende o porte de armas) poderia deter a democrata, e acusou o presidente Barack Obama de ser o fundador do Estado Islâmico. Complicando a situação, o ?New York Times? revelou que seu chefe de campanha teria recebido US$ 12 milhões por trabalhar como consultor do então presidente ucraniano pró-Rússia.