WASHINGTON E LONDRES – Em um contraste com outros ataques terroristas que aconteceram pelo mundo, o presidente americano, Donald Trump, preferiu não especular sobre terrorismo islâmico e se limitou a oferecer apoio à premier Theresa May após o atentado que deixou ao menos cinco mortos e 40 feridos em Londres na quarta-feira.
“Falei com a primeira-ministra britânica, Theresa May, hoje para oferecer condolências por causa do ataque terrorista em Londres. Ela é forte e está muito bem”, escreveu ele no Twitter, onde em outras ocasiões criticou ferozmente autoridades internacionais por episódios do tipo. Trump
Segundo a Casa Branca, ele telefonou mais cedo para a premier britânica para condenar o ataque e oferecer seu total apoio ao Reino Unido.
? O presidente acaba de falar com a primeira-ministra May ? disse Sean Spicer, porta-voz de Trump. ? Condenamos o ataque de Westminster, que o Reino Unido considera um ato de terrorismo e parabenizamos a rápida resposta da polícia britânica. Atentado em Londres
No mesmo dia, o presidente Michel Temer enviou uma carta de solidariedade a May. Ele criticou ?qualquer forma de extremismo violento? e disse que recebeu a notícia do atentado em frente ao Parlamento britânico, em Londres, com ?profundo pesar?. Temer disse que volta os pensamentos para as vítimas do ataque e reiterou, ainda, a relação de amizade e cooperação entre os dois países.
Pelo menos cinco pessoas, incluindo o terrorista, foram mortas em frente ao Parlamento britânico, em Londres, nesta quarta-feira, no que a polícia está tratando como um atentado. Pelo menos outras 40 pessoas ficaram feridas, num caso que a polícia suspeita que esteja relacionado a terrorismo islâmico. O agressor, que foi baleado por policiais, teria avançado o carro contra pedestres enquanto dirigia pela Ponte de Westminster, próxima à Casa legislativa. Vários feridos estariam em estado grave, de acordo com fontes médicas.
Entre os mortos está o policial Keith Palmer, de 48 anos, 15 deles na polícia metropolitana. Palmer não estava armado e foi atacado com uma faca. A identidade do autor do ataque, no entanto, não foi revelada.
Segundo a polícia, um mesmo agressor, inicialmente, usou um carro para avançar contra várias pessoas na Ponte de Westminster. Duas pessoas morreram quando o carro, do modelo Hyundai i40, subiu na calçada da ponte. Em seguida, ao chegar na frente do Parlamento, o terrorista saiu do veículo e esfaqueou um policial, que morreu. Vestido de preto e armado com duas longas facas, o suspeito agia sozinho e foi baleado no local.
O ataque forçou o fechamento do Parlamento, além de áreas no entorno, estações de metrô e famosos pontos turísticos como a “London Eye”. Pouco depois do episódio, a equipe da primeira-ministra Theresa May informou que ela estava a salvo, e não quis dizer se ela estava no local na hora do ataque. Há relatos, no entanto, de que a premier estava no Palácio de Westminster e foi retirada do local numa forte operação de segurança.
Após a reunião do gabinete de crise, a premier afirmou que “os britânicos nunca se acovardarão diante do terrorismo”. O Reino Unido ativou o nível de alerta “grave”, o segundo mais alto da sua escala, o que significa que um ataque terrorista é considerado muito provável.