Cascavel – Neste domingo, dia 20 de novembro, é a data dedicada ao Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito e, na sexta-feira (18), no canteiro central da Avenida Brasil, em frente à Catedral, o Cotrans (Comitê Intersetorial de Preservação de Acidentes de Trânsito) que reúne todos os órgãos de trânsito da cidade, realizou uma ação para que que as pessoas reflitam sobre os cuidados necessários para segurança de condutores e pedestres, tanto nas ruas da cidade, quanto nas rodovias para evitar os acidentes. Cruzes brancas representaram cada uma das pessoas que foram vítimas dos acidentes.
De acordo com a professora Luciane de Moura, coordenadora do Cotrans e do Programa Vida no Trânsito de Cascavel, neste ano, 44 pessoas
perderam a vida em acidentes no perímetro urbano da Capital do Oeste. Em comparação com dados do ano passado, que foram 63 óbitos, a queda é de 30%, mas mesmo assim, é um número elevado de vítimas. “Todo sinistro de trânsito é evitável e toda a morte é inaceitável. Trabalhamos para atingir pelo menos 50% de redução nas lesões graves e mortes, ação prevista nesta segunda década de ação de 2021 a 2030 em que estamos inseridos”, falou.
Segundo Moura, a ação com a cruzes é importante para que as pessoas que passaram pelo local tenham noção da quantidade de pessoas que perderam a vida e quantas famílias choram a falta dos seus entes queridos. “Devemos apoiar os familiares, mas também devemos agir”, disse a coordenadora. O Cotrans realiza mensalmente a ação de análise de cada um dos óbitos, propondo ações sempre com base no tripé que é a engenharia, fiscalização e a educação.
“Visão Zero”
Neste ano, o tema da data é “Lembrar, Apoiar, Agir”, visando ainda
homenagear e reconhecer o trabalho crucial dos serviços de emergência. O Dia Mundial também tem o importante papel de auxiliar as ações de redução de dados, conforme instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 2020. A data promove mundialmente ações para prevenir mortes e lesões no trânsito. “Segundo a filosofia Visão Zero, todo sinistro de trânsito é evitável e toda morte devido aos sinistros é inaceitável”, reforçou a coordenadora.
De acordo com os dados do Cotrans, as principais ocorrências com gravidade ocorreram nas rodovias. Das 44 mortes este ano, foram 31 nas rodovias que cortam o perímetro urbano e 13 dentro da cidade. Chama a atenção também que destas, 15 delas foram de motociclistas que estavam conduzindo a moto e 4 de passageiros de motos. Além disso, 8 delas são de pedestres e são resultados de atropelamentos; a faixa etária com mais vítimas é de 36 a 50 anos de idade.
Segundo os dados, a maioria dos acidentes envolvem a imprudência, entre elas, o excesso de velocidade, falta de atenção e ainda uma grande quantidade de condutores sem CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Além disso, existem ainda outros fatores, como transitar em local proibido, a falta do uso de cinto de segurança e até de forma inapropriada o uso de capacete. A grande parte dos acidentes ocorrem principalmente no fim do dia e começo da noite, das 18h às 21h.
Fotos: Secom/Transitar