Toledo – Enquanto a ciência traduz o mundo por meio do conhecimento, a arquitetura traduz a cultura por meio das edificações. Mas essas áreas, tão distintas, também podem trabalhar juntas. Um exemplo disso é o Laboratório de Ecohidráulica e Hidrobiologia, do Grupo de Pesquisa em Tecnologia em Ecohidráulica e Conservação de Recursos Pesqueiros e Hídricos, da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, campus de Toledo. Projetado pelo arquiteto Ricardo Sardo, o espaço tem o objetivo de auxiliar no desenvolvimento de pesquisas na área da Biologia e Ecologia Pesqueira.
O novo laboratório, que fica no Instituto de Pesquisas em Aquicultura Ambiental da Instituição, é o primeiro da América do Sul. Ricardo Sardo assumiu o desafio, por meio de uma concorrência pública, e diz que se orgulha em ter feito parte do projeto. É muito bom saber que o nosso trabalho pode oferecer uma contribuição tão grande para a sociedade, como a exemplo desse projeto, que vai possibilitar estudos e pesquisas importantes para o mundo.
A edificação é composta por um grande espaço fechado onde serão montadas salas e laboratórios. Mas na lateral, do lado externo, está o que mais chama a atenção. O Flume, como é chamado, é um canal que imita o curso de um rio, mas que conta com uma lateral de vidro e uma passagem subterrânea. A ideia é realizar aqui, pesquisas centradas em estudos do comportamento e da capacidade natatória de espécies de peixes, a fim de buscar modelos adequados de passagens e escada para peixes. É uma inovação tecnológica no Brasil, explica o líder do Getech, Sérgio Makrakis.
Flume
O laboratório terá grande papel na formação e treinamento de recursos humanos nas áreas de manejo e conservação de recursos pesqueiros de águas interiores e de desenvolvimento de processos químicos e biotecnológicos, com parcerias nacionais e internacionais consolidadas com a Universidade de Valladolid, da Espanha, United States Geological Survey, dos Estados Unidos e Universidade de Karlstad, Suécia.