SÃO PAULO – O Tesouro Nacional anunciou que captou US$ 1 bilhão em dívida na reabertura da emissão de títulos globais (Global 2026) com vencimento em abril de 2026. Os papéis foram colocados a 107,213% do valor de face. Com isso, a taxa de retorno (yield) ao investidores ficou em 5% ao ano, o equivalente a um prêmio de 248,4 pontos-base (2,484 pontos porcentuais) sobre as taxas dos Treasuries de igual duração.
Esta foi a primeira reabertura da emissão de títulos do Tesouro com vencimento em 2026. A oferta original, de US$ 1,5 bilhão com juro nominal de 6% ao ano, foi feita em 10 de março do ano passado.
Naquela ocasião, ainda no governo da presidente Dilma Rousseff, os títulos com foram vendidos a 99,066% do valor de face, proporcionando aos investidores uma taxa de retorno de 6,125% ao ano, a mais alta para papéis com prazo semelhante desde 2009. O prêmio em relação à taxa projetada pelos títulos da dívida dos Estados Unidos com igual duração foi de 419,6 pontos-base (ou 4,196 pontos porcentuais).
Segundo um analista de mercado, a operação foi positiva, com juro mais baixo, e a emissão teve cerca de US$ 2 bilhões de demanda. O Tesouro Nacional também considerou o resultado positivo, disse à Bloomberg uma fonte do governo sob a condição de anonimato. Segundo a fonte, o título passa a ser uma referência mais positiva. O objetivo da emissão foi complementar volume e dar mais liquidez ao papel. Segundo a fonte, Tesouro já tem dólares necessários para pagar vencimentos de 2017, sem necessidade de nova emissão.
Esta foi a segunda emissão de papéis no exterior feita pelo governo Michel Temer. Em julho de 2016, o Tesouro lançou um bônus em dólares com vencimento em 2047. Na época, foram captados US$ 1,5 bilhão. A taxa de retorno paga aos investidores na ocasião foi de 5,8% ao ano.