RIO ? Enquanto o Reino Unido tenta se recuperar do atentado de quarta-feira em Londres, a imprensa britânica busca mais informações sobre o misterioso terrorista responsável pelo ataque reivindicado pelo Estado Islâmico (EI). Os relatos são de que ele se dizia professor, embora, segundo a BBC, nunca tenha trabalhado nas escolas da região. Além disso, ele teria morado na Arábia Saudita, onde existe a suspeita de que possa ter se radicalizado. Autoridades disseram que ele nasceu com o nome Adrian Elms; mais tarde, adotou o nome Adrian Russell Ajao, usando o sobrenome do seu padrasto; e, depois de se converter ao islamismo, passou a ser conhecido como Khalid Masood. londres
Britânico de 52 anos, Masood já era conhecido pela polícia por crimes violentos no passado e possíveis conexões terroristas, mas não estava sendo investigado atualmente. Foi morto no local do atentado a tiros pela polícia, após esfaquear um agente de segurança e atropelar uma multidão. Segundo a BBC, Masood dizia que era professor, mas nunca tinha trabalhado nas escolas da região.
À agência Reuters, uma fonte do governo americano disse que Masood costumava andar com aliados do jihadismo, que planejavam viajar para lutar fora do Reino Unido. Ele teria se hospedado num hotel na noite anterior ao ataque e alugado um carro na semana anterior, que foi usado para o ato terrorista. Logo depois de reservar o automóvel, no entanto, ele teria chegado a desistir do aluguel, mas, mais tarde, voltou atrás novamente.Cinco atentados em que veículos viraram arma
? As pessoas com quem ele andava incluíam suspeitos de ter interesse em viajar para se juntar a grupos jihadistas no exterior, mas o próprio terrorista nunca fez isso ? relatou a fonte em condição de anonimado.
Já o “Daily Mail” diz que ele era conhecido como “o vampiro” pelos seus vizinhos, pois ele apenas saía durante a noite e sempre vestia preto. A imprensa relata que Masood pode ter se radicalizado enquanto trabalhava na Arábia Saudita. Além disso, o “The Sun” diz que, em 2004, ele teria se casado com Farzana Malik, uma mulher muçulmana, e tido três filhos. Masood dizia, ainda segundo a mídia, que era professor de inglês para turmas com 10 a 20 alunos.
Masood nasceu e foi criado em Kent e, segundo um dos seus colegas de escola, era um aluno contente e inteligente:
? Nós fomos bem próximos por alguns anos. Adrian era um excelente jogador de futebol, um dos melhores da escola. Ele era uma daquelas crianças muito populares. Tinha uma grande personalidade, todo mundo gostava dele. Era brilhante e muito bom em química. Acho que ele queria fazer algo nesta área depois que saiu da escola ? relatou Kenton Till, que estudou com Masood quando ele ainda era conhecido como Adrian.
O chefe do comando britânico de combate ao terrorismo, Mark Rowley, disse que a possível radicalização do terrorista após sua conversão ao islamismo é a principal linha de investigação. Ele afirmou que, agora, o objetivo é descobrir se ele agiu sozinho ou se outros o incentivaram, apoiaram ou dirigiram para cometer o ataque.
? Claramente esta é a nossa principal linha de investigação, foi o que o levou a se radicalizar: influências em uma comunidade, influências no exterior e a propaganda pela internet ? disse Rowley, pedindo que todos que conhecessem Masood ou tenham informações sobre sua recente movimentação entrassem em contato.
A polícia de Londres anunciou nesta sexta-feira ter feito duas novas prisões a que chamou de significativas para a caça aos suspeitos de envolvimento no atentado que, há dois dias, deixou cinco mortos, incluindo o terrorista, e 40 feridos.
Dentre as vítimas, estão ainda o policial Keith Palmer, de 48 anos, que foi esfaqueado pelo terrorista; a espanhola Aysha Frade, de 43 anos; e o turista americano Kurt Cochran, de 54 anos; além do agressor. A Scotland Yard confirmou que outras duas pessoas continuam no hospital em estado grave. Uma delas corre risco de morte pelos seus ferimentos. Ataque a Londres