BRASÍLIA – O ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que regularize a situação da denúncia apresentada à Corte contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na última segunda-feira. Isso porque ainda há diligências em curso feitas pela Polícia Federal, segundo Teori. Em resposta, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que encontrou novos elementos de prova suficientes para propor a acusação antes mesmo do fim do prazo aberto para os trabalhos da PF. Renan foi denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro.
No retorno enviado a Teori, o procurador sustenta que os ?novos elementos de prova? ratificaram questões já existentes tornando possível a ?formação segura? da acusação antes do esgotamento do prazo das diligências, autorizado por Teori com parecer favorável da própria PGR. E justificou a decisão ressaltando a necessidade da ?máxima celeridade possível nas investigações?.
?Foi a razão pela qual o Procurador-Geral da República ofereceu denúncia antes do fim do prazo de encerramento das investigações?, disse Janot, em manifestação ao Supremo. O PGR também informou que já solicitou os autos físicos do inquérito que estavam na Polícia Federal, conforme destacou na peça acusatória.