RIBEIRÃO PRETO (SP) – Ao ser questionado sobre o agravamento da crise penitenciária no país nesta quinta-feira, o presidente Michel Temer disse ter liberado recursos para investimentos no setor, mas afirmou considerar este um problema de médio ou longo prazo. Para ele, o combate dependerá da conjunção de esforços dos governos estaduais, federal e Judiciário.
– Tudo isso depende de uma conexão de esforços com os estados federados. (…) Se amanhã ou depois isso vai estar resolvido? Não vai, isso é uma questão de longo prazo ou de médio prazo, pelo menos. Nós destinamos verbas para construção de 30 presídios no país – disse ele durante entrevista depois de lançar uma nova linha de crédito do Banco do Brasil para o agronegócio.
O presidente disse haver um esforço do governo para combater a entrada de celulares em presídios:
– A União Federal está fazendo tudo que lhe cabe. Recentemente colocamos até as Forças Armadas para fazer inspeções nos presídios. (…) Uma das coisas que agrava a situação de presídios é a entrada de celulares, de armas, etc. No tocante à detecção de celulares, bloqueio de celulares, destinamos R$ 150 milhões – disse Temer.
O presidente voltou a defender a atuação das Forças Armadas na inspeção de presídios:
– Aparentemente era uma questão só local, que começou a ultrapassar as fronteiras físicas e jurídicas dos estados brasileiros, gerando quase uma questão ligada à segurança nacional. Nós não podemos tolerar esses movimentos que estão sendo feitos. 3
Um grupo de estudantes foi impedido pela segurança da Presidência de participar do evento com a presença de Temer, sob a alegação de que seus nomes não estavam na lista de convidados. No entanto, outras pessoas foram autorizadas a entrar no local mesmo sem estarem pré-cadastradas.