Cotidiano

Temer critica oposição à reforma da Previdência

BRASÍLIA – O presidente Michel Temer criticou a oposição à reforma da Previdência, que disse ser “às vezes sem nenhuma avaliação técnica”. Em discurso na abertura de reunião do Conselhão nesta terça-feira, Temer afirmou que a oposição não está apresentando soluções, mas sendo guiada por interesses políticos. Depois de o PMDB, partido do presidente, publicar em redes sociais que o Bolsa Família iria acabar se a reforma nas aposentadorias não fosse aprovada, Michel Temer disse que a área social é “prioritária”.

? Às vezes, interesses políticos sem nenhuma avaliação técnica é que revelam a oposição à reforma ? afirmou Temer, reconhecendo que a proposta de emenda à Constituição (PEC) é “delicada”, completando:

? Quando se faz oposição à reforma, tem que se dizer qual a solução. Tem déficit, tem que dizer qual é a solução.

Na noite desta segunda-feira, o presidente reuniu ministros e líderes parlamentares no Palácio do Alvorada para discutir a tramitação da reforma da Previdência. O governo espera aprová-la no Congresso Nacional ainda no primeiro semestre, assim como a reforma trabalhista. A reforma previdenciária precisa de três quintos de votos na Câmara e no Senado, com dois turnos de votação em cada casa.

Na última sexta-feira, o PMDB havia publicado em redes sociais que os maiores programas sociais do governo federal iriam acabar caso a mudança nos regimes de aposentadoria não passasse pelo Congresso. O conteúdo, com a frase ?Se a reforma da Previdência não sair: tchau, Bolsa Família; adeus, Fies; sem novas estradas; acabam os programas sociais?, foi apagado no mesmo dia. Nesta terça-feira, Temer defendeu que a área social é “prioritária” ao governo.

? Não eliminamos nenhum programa social. Estamos é levando adiante. Tudo isso é para preservar os mais carentes, os mais pobres.

Apesar do resultado do PIB, que mostrou a pior recessão em 35 anos, com encolhimento em 2016 de 3,6%, Temer não comentou o dado. Disse apenas que o governo “já está saindo da inércia, e queremos abandoná-la por inteiro”.