RIO ? A Suiprema Corte da Polônia decidiu nesta terça-feira manter a decisão de negar a extradição do cineasta Roman Polanski para os EUA. Polanski é considerado fugitivo da justiça americana pelo caso de abuso sexual contra uma menor de idade em 1977.
Os EUA entraram com o pedido de extradição em 2014. O pedido foi negado por um tribunal de Cracóvia em outubro do ano passado, mas o procurador-geral do país pediu a anulação dessa decisão ? mantida agora pela Suprema Corte.
ENTENDA O CASO
O cineasta vencedor do Oscar por “O pianista” (2003) não pode mais voltar a Hollywood desde que foi condenado, em 1977, por oferecer álcool e drogas e depois fazer sexo com Samantha Geimer, que na época tinha apenas 13 anos. Polanski foi considerado culpado pelo crime de estupro presumido e chegou a ficar preso durante 42 dias, mas fugiu do país.
Atualmente com 82 anos, Polanski nasceu em Paris e, ainda criança, voltou com os pais poloneses à terra natal deles. Com dupla cidadania, até hoje ele vinha conseguindo escapar da Justiça americana, já que a França não possui acordo de extradição com os Estados Unidos.
No entanto, quando Polanski anunciou que estava morando em Cracóvia, na Polônia, para fazer um novo filme com o apoio do Instituto de Cinema Polonês, autoridades americanas solicitaram sua extradição. O pedido foi negado em outubro de 2015, poucos dias depois da eleição do novo governo.