Cascavel – Será lançado neste domingo (11) e começa a funcionar a partir de segunda-feira um banco de dados para registro de bicicletas e que vai facilitar o trabalho da polícia em casos de furtos e de roubos desses veículos. O Minha Bike é do governo do Paraná e será lançado pela governadora Cida Borghetti. A iniciativa é inédita no País.
O banco de dados será interligado aos sistemas das Polícias Civil e Militar, que poderão consultar o dono em caso de recuperarem a bicicleta.
O acesso ao recurso será por meio do site governodigital.pr.gov.br. No campo da tela inicial “Do que você precisa hoje”, basta digitar o nome “Minha Bike” ou então a palavra-chave bicicleta e aparecerá o link para preencher um relatório com os dados do proprietário da bicicleta. O sistema pedirá documentos pessoais e características da bicicleta, número de série gravado no quadro da bike, fotos de detalhes do veículo e também a nota fiscal, se o proprietário tiver.
“A partir do momento que houver esse cadastro, o proprietário da bicicleta vai ser avisado de que precisa fazer uma comprovação biométrica para garantir que foi ele quem fez o registro. Essa comprovação pode ser feita no Detran [Departamento de Trânsito] e nas Ciretrans [Circunscrições Regionais de Trânsito], nos Institutos de Identificação ou outros pontos a serem divulgados. A biometria comprovará a propriedade da bicicleta no caso de recuperação”, explica o coordenador do Governo Digital, Marco Aurélio Barbosa. Segundo ele, as confirmações biométricas serão feitas nestes órgãos públicos em que já há o serviço disponível, em demais órgãos públicos em que o leitor biométrico será colocado a serviço da população e também há planejamento para compra de mais aparelhos, que pode ocorrer ainda neste ano.
Registro só por aplicativos
São apenas aplicativos que são usados, atualmente, para fazer o cadastro dessas bicicletas, como o Bike Registrada, por exemplo. “Porém, não é interligado com sistema policial e mesmo assim fica difícil de provar, caso a bike for furtada e depois recuperada, a identidade do dono. Em Cascavel há vários casos de furtos de bicicleta que temos conhecimento, mas até você provar que é o dono, já é outra história. Será ótimo a disponibilização de um sistema público que facilite isso”, comenta o secretário de esportes da ACC (Associação dos Ciclistas de Cascavel), Ricardo Polom.
Diferente de uma bicicleta mais simples, uma bike profissional pode custar de R$ 3 mil até mais de R$ 60 mil, dependendo do modelo, marca e componentes. Sem uma identificação específica como um carro ou uma moto que tem placa, o cuidado de quem pedala por lazer ou esporte precisa ser maior. O principal é não andar sozinho, para evitar abordagem de criminosos que sabem o alto valor dos veículos. “É muito importante um sistema assim, para facilitar o trabalho da polícia e também dar mais segurança aos ciclistas, até mesmo àqueles que querem praticar o esporte, mas às vezes têm medo”, avalia o empresário e ciclista Pedro Ceola.