BRASÍLIA – O Senado retomou às 9h46m desta sexta-feira o julgamento da presidente Dilma Rousseff para ouvir as testemunhas de defesa. Os trabalhos tiveram início ontem com depoimentos de indicados pela acusação. A previsão é de que o julgamento siga até a metade da próxima semana.
O primeiro a falar hoje será o economista Luiz Gonzaga Belluzzo. Senadores da base do presidente interino Michel Temer vão pedir que ele seja qualificado como informante por não ter relação direta com os fatos e por ter assinado um manifesto contra o impeachment.
A tentativa de “rebaixar” a testemunha é a mesma usada pela defesa que conseguiu a decretação da “suspeição” do procurador do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Júlio Marcelo de Oliveira. Ele depôs como informante porque compartilhou em redes sociais uma manifestação pela rejeição das contas de Dilma. Júlio Marcelo foi o responsável pelas representações que levaram o TCU a condenar as pedaladas fiscais e os decretos de crédito suplementar, base jurídica do processo de impeachment.
Também prestou depoimento no primeiro de julgamento o auditor do TCU Antonio Carlos Costa D’Ávila, que tratou do tema na corte de contas.