Cascavel – Quando o assunto é segurança alimentar, Cascavel tem feito o dever de casa. A afirmação é do secretário municipal de Assistência Social, Hudson Moreschi Junior, que nesta quarta-feira, estará presente no 2º Fórum de Segurança Alimentar e Nutricional, a partir das 13h30, no auditório da Prefeitura. “A Segurança Alimentar é fundamental até por uma perspectiva de prevenção com relação à saúde. Ao alimentar-se bem, a pessoa reduz os riscos de enfrentar problemas de saúde”, comenta o secretário. “E é por isso que o Governo Paranhos tem colocado a segurança alimentar como uma de suas prioridades nas escolas”.
A presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional de Cascavel, Leonidia Romani, disse ao Jornal O Paraná que as políticas públicas colocadas em prática pelo Município fazem a diferença, porém, é preciso que essa conscientização avance para dentro dos lares. “As pessoas precisam desembalar menos e descascar mais”, diz, em alusão ao hábito de preferir produtos industrializados em vez de frutas, verduras e legumes.
Cascavel conta com três restaurantes populares, situados na área central e nos bairros Cascavel Velho e Santa Cruz, além de uma quarta unidade em fase de construção no Bairro Floresta. No ano passado, foram servidas 300 mil refeições nesses locais, que oferecem almoço a preços acessíveis.
Conforme Hudson Moreschi, hoje, o valor pago pelo Município por refeição servida à empresa vencedora da licitação é de R$ 7,94. “Desde janeiro, implantamos uma nova tabela de preços nos restaurantes populares. Anteriormente, todo o qualquer cidadão desembolsava a quantia única de R$ 3 para almoçar nesses locais”, comenta. Agora, as pessoas inseridas na modalidade de pobreza e extrema pobreza, de acordo com o que preconiza o CAD (Cadastro Único para Programas Sociais) com renda de até R$ 210 mês, paga apenas R$ 1 para ter acesso a comida de saudável e de qualidade nos restaurantes populares e o Município paga a diferença de R$ 6,94.
Já para as famílias inscritas na baixa renda, o valor é de R$ 3, com renda per capita de R$ 211 até meio salário mínimo. O mesmo valor é cobrado de estudantes do ensino fundamental e médio, bem como das pessoas idosas, acima de 60 anos, independente do perfil socioeconômico. E as pessoas não cadastradas no CAD, também têm direito de almoçar nos restaurantes populares, ao preço de R$ 7.
Banco de Alimentos
Além dos restaurantes populares, há também o Banco de Alimentos, parceria do Município com o Governo do Paraná. Por ele, é possível aproveitar produtos de hortifrutigranjeiros até então condenados a ir para a lata do lixo. “Conseguimos separar, organizar e distribuir para mais de 50 entidades do Município e inclusive o Provopar”, destaca Moreschi. Por mês, são em torno de 30 toneladas de hortifruti “recuperados” pelo Poder Público.
Já por meio do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar, são 200 produtores envolvidos. De janeiro até agora, o Município investiu meio milhão de reais na aquisição desses alimentos, via recursos livres. Mas o carro-chefe é a merenda escolar servida nas escolas e Cmeis. São 75 mil todos os dias. Ainda dentro da agricultura familiar, a prefeitura fornece 620 kits mensais a famílias em vulnerabilidade.
O Promover (Programa de Transferência de Subsídios Financeiros a Pessoas em Vulnerabilidade), atende atualmente três mil famílias em Cascavel, totalizando investimento de R$ 6 milhões. São três modalidades: R$ 100 no cartão pré-pago, em que a família pode adquirir alimentos, produtos de higiene e limpeza e até gás. Tem também o cartão verde, que é continuo, por seis meses, com a mesma finalidade e o cartão azul, para compra de alimentos, material de limpeza e gás. “A grande maioria utiliza esse recursos para alimento”.
Vale lembrar também, que todo este conjunto de ações também resgate a dignidade das famílias e promove a cidadania.
2º Fórum de Segurança Alimentar
O 2º Fórum de Segurança Alimentar tem como objetivo principal divulgar e popularizar as ações voltadas para a segurança alimentar e nutricional, desenvolvidas por meio das políticas públicas do Município, instituições e entidades que compõem o Conselho Municipal de Segurança Alimentar (Comsea) e a Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar (Caisan).
O fórum representa uma oportunidade para que essas entidades compartilhem informações sobre suas ações e discutam estratégias sustentáveis e participativas para a implementação de políticas públicas relacionadas à segurança alimentar e nutricional.
Foto: Secom