Cascavel – O secretário de Estado de Desenvolvimento Urbano, Silvio Barros, disse ontem durante reunião com gestores públicos na Amop (Associação dos Municípios do Oeste do Paraná), em Cascavel, que o Aeroporto Regional do Oeste é um caminho sem volta.
A fala de Silvio Barros estava direcionada à pauta do encontro que também traria à região para tratar do assunto a governadora Cida Borghetti e um dos diretores da SAC (Secretaria de Aviação Civil), mas por ironia as más condições do tempo não permitiram que a aeronave vinda de Curitiba baixasse em Cascavel e precisou voltar para a capital.
O encontro para tratar desse assunto será remarcado para setembro, ainda com data a ser definida.
Segundo o secretário, para dar sequência ao processo legal para a edificação do aeroporto regional, que neste momento se encontra em fase de estudo e atualização de projeto, é a validação técnica do sítio aeroportuário. “Sem esse processo o aeroporto não caminha. Essa validação é que dá sequência com o decreto de desapropriação e se trata de requesitos específicos de qualquer sitio aeroportuário, é um documento que atenda as avaliações de local, de espaço e de projeto e que depois teria sua legitimidade dada pela SAC e o governo do Estado”, completou.
Bandeira antiga da sociedade civil organizada e do setor produtivo, o Aeroporto Regional é uma luta de pelo menos cinco décadas. Há dois meses a governadora destinou pouco mais de R$ 10 milhões para a desapropriação de 62 alqueires entre os municípios de Toledo, Cascavel e Tupãssi onde a estrutura será erguida. Sobre os riscos de os prazos e da burocracia travarem o processo, mais uma vez, o secretário destacou que este é um projeto sem volta e que para “bons projetos nunca vai faltar verba”.
Estado confirma intenção de desapropriar área
Francisco Beltrão – No sudoeste do Paraná, as notícias são boas. Pela primeira o governo do Estado manifestou de forma oficial que pretende adquirir a área indicada para construção do Aeroporto Regional, em Renascença. A intenção foi confirmada pelo secretário de Desenvolvimento Urbano, Silvio Barros, durante evento nessa sexta-feira (24), na Amsop (Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná).
“A determinação da governadora é de nós iniciarmos o processo de desapropriação da área do aeroporto regional. A gente entende que a partir do momento que a área esteja desapropriada nós possamos começar a fazer projetos, traçar uma estratégia de captação de recursos e permitir que deputados destinem emendas parlamentares para o aeroporto. Mas isso desde que a gente tenha um terreno, senão nem projeto podemos fazer”, comentou o secretário.
Barros esteve em Francisco Beltrão participando de um encontro técnico da Sedu com gestores das prefeituras da região. Para esta sexta-feira também estava programada a vinda de técnicos da Sac (Secretaria de Aviação Civil) para verificar áreas indicadas para o aeroporto, mas o voo foi cancelado devido ao mau tempo. A Sac deve vir ao Sudoeste dentro de 30 dias para realizar a chamada validação do sítio aeroportuário, depois de avaliar os dois locais que melhor atendem aos critérios técnicos, ambos em Renascença.
Estudo indicou áreas
Um estudo realizado em 2007 pela Amsop avaliou diversas áreas na região que poderiam comportar um aeroporto, considerando uma série de requisitos. A análise foi elaborada pelo coordenador de Planos e Projetos de Planejamento Aeroportuário da UEL (Universidade Estadual de Londrina), André Silvestri, que está acompanhando o processo.
“Fizemos uma espécie de atualização dos dados e agora a Sac irá analisar dois sítios que ficam bem próximos e são os mais indicados para comportar o aeroporto. Em 30 dias teremos uma verificação in loco destas áreas e o veredito da viabilidade de cada uma”, explica Silvestri.
Ambos os locais ficam próximos da PR-280, em Renascença, entre as comunidades de Canela e Baulândia. A estimativa inicial é de que uma área de 220 hectares seja desapropriado para comportar o aeroporto.
Momento é favorável
Para o presidente da Amsop e prefeito de Santa Izabel d’Oeste, Moacir Fiamoncini, este é um dos melhores momentos nos últimos dez anos para viabilização do aeroporto regional, já que há o indicativo de um ato efetivo, que é a desapropriação. “Vários passos foram dados e muitas pessoas estiveram envolvidas nos últimos anos, mas hoje temos um cenário interessante porque o Estado está se colocando junto às entidades e outros governos para somar forças e investir recursos no projeto”, diz.