WASHINGTON ? O secretário do Trabalho escolhido por Donald Trump, Andrew Pudzer, admitiu na segunda-feira já ter empregado uma imigrante ilegal como faxineira na sua casa. A revelação poderia prejudicar a sua efetivação para o cargo no novo governo republicano, uma vez que a sua nomeação ainda não foi oficialmente confirmada. Outros candidatos a postos no Gabinete presidencial de Trump, que cultiva uma agressiva retórica anti-imigração, já teriam sido prejudicados por terem imigrantes iregulares entre os seus funcionários.
Diretor-executivo da rede de fast food CKE Restaurants, Pudzer é um dos vários indicados pelo presidente americano a cargos na Casa Branca. Assim como vários outros, ele enfrenta a acirrada oposição de grupos progressistas e dos democratas no Senado.
Na segunda-feira, Pudzer disse ter demitido a funcionária assim que soube que ela não tinha permissão para trabalhar no país. Ela chegou a trabalhar para ele e a sua esposa por alguns anos. E, segundo o executivo, o casal pagou impostos atrasados ao Serviço de Receitas Internas dos EUA e ao Estado da Califórnia por tê-la empregado.
“Deixamos de empregá-la imediatamente e lhe oferecemos assistência para se legalizar”, disse ele em comunicado.
Alguns estrategistas políticos disseram que o episódio pode representar problemas para o executivo. Na semana passada, um assessor do Comitê de Saúde, Educação, Trabalho e Pensões do Senado disse que o órgão não agendaria uma audiência oficialmente até receber documentos do Escritório de Ética Governamental sobre Pudzer.
Um importante doador para a campanha de Trump, Pudzer é um crítico das regulações de hora extra defendidas pelo ex-presidente Barack Obama. Ele também é contra o aumento do salário mínio para US$ 15 por hora nos EUA.