Cotidiano

Secretaria nega que presos tenham comemorado resgate de traficante

0306_Apreensão Gabriel Ferreira Castilho (3).jpgRIO – A Secretaria estadual de Administração Penitenciária negou nesta quarta-feira que presos tenham feito festa para a comemorar o resgate do traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family, que foi resgatado por traficantes do Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio. A ação deixou um morto e dois feridos, na madrugada do último domingo. Em nota, a Seap informou que possui imagens do sistema de monitoramento de câmeras do presídio que comprovam que tal comemoração não existiu. Resgate – 20/06

A secretaria rebateu as críticas feitas pelo juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP, Eduardo Oberg, que reclamou do que considerou omissão do estado sobre a apreensão de equipamentos de comunicação com presos e sobre as denúncias de que comparsas de Fat Family acompanharam seu resgate on-line.

De acordo com o documento, durante uma revista feita pelo setor de inteligência da Seap na Penitenciária Gabriel Ferreira Castilho, Bangu 3, foram apreendidos, no dia 3 de junho, 23 celulares, uma placa de roteador artesanal, uma peteca de pó branco, supostamente cocaína, dois invólucros de pó branco, supostamente cocaína e cerca de meio quilo de maconha, após uma ação conjunta da direção da unidade, com apoio da coordenação de Gericinó e da Superintendência de Inteligência do sistema penitenciário.

?Cabe ressaltar que o roteador artesanal tinha a dimensão menor que uma folha de papel ofício e encontrava-se fora das celas e sem utilização. Além disso, todos os visitantes da unidade citada passam pelo scanner corporal, localizado na portaria do Complexo, em pleno funcionamento e qualquer material levado por eles é encaminhado ao raio-x de bagagem?, informou a nota.

Ainda segundo a secretaria, no Presídio Elizabeth Sá Rego (Bangu 5) foi apreendido, no dia 18 de abril, dez lanches de uma rede de fast food antes que eles entrassem na unidade prisional. A apreensão foi feita por inspetores de segurança e administração penitenciária. Em todos os casos, a Seap assegura, uma sindicância interna foi aberta para apurar os fatos e tomar as medidas necessárias.