No Dia Mundial do Doador de Sangue (14 de junho), a Secretaria de Estado da Saúde agradece aos doadores paranaenses e pede que as doações continuem. A partir de junho, com a diminuição das temperaturas, o número de doações costuma cair em média 30%, comprometendo os estoques de sangue dos hemonúcleos. Por isso, é importante que os doadores continuem a procurar os centros de coleta.
Neste ano, o tema proposto pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para o Dia Mundial do Doador de Sangue é “Seja solidário. Doe sangue. Compartilhe vida”. A ideia é destacar os valores humanos fundamentais, como altruísmo, respeito, empatia e generosidade, colocadas em prática através do ato de doar de sangue.
O secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Nardi, explica que a data também alerta para a necessidade de haver mais doadores de sangue, bem como de se manter a regularidade das coletas em todos os períodos do ano. “Quem doa sangue presta um serviço inestimável à população e merece todo nosso apreço. Devemos agradecer aos homens e mulheres do Paraná que doam sangue de forma altruísta e solidária e ajudam a salvar milhares de vidas todos os anos”, diz o secretário.
O Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar) é responsável pela coleta, armazenamento, processamento, transfusão e distribuição de sangue para 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos em todas as regiões do Paraná.
De acordo com o diretor do Hemepar, Paulo Hatschbach, todos os dias são necessárias de 700 a 800 bolsas de sangue para atender os hospitais paranaenses. “Para manter o atendimento, precisamos que o volume de doações seja constante, independentemente das condições climáticas, feriados ou férias”, diz Hatschbach.
MOBILIZAÇÃO
O Dia Mundial do Doador de Sangue inspirou o movimento Junho Vermelho, que desenvolve ações em todo o país para mobilizar e incentivar as pessoas a doarem sangue. Em apoio à causa, edifícios públicos e particulares são convidados a adotar a cor vermelha na iluminação externa.
O Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, é um dos que aderiram à campanha. “Todas as formas de apoio e incentivo à doação de sangue são importantes. Quanto mais doadores regulares nós tivermos, melhor para a manutenção dos estoques de sangue e abastecimento dos hospitais”, ressalta Hatschbach.
USOS
O sangue e seus componentes e derivados, obtidos por meio de processamento (concentrado de hemoglobina, plasma, concentrado de plaquetas, globulina, albumina, etc), são recursos importantes tanto para tratamentos planejados quanto intervenções urgentes.
No caso de doenças do sangue (coagulopatias e hemoglobinopatias), por exemplo, o acesso a transfusões de sangue e hemoderivados é fundamental para que os pacientes vivam mais tempo e com mais qualidade. O sangue também é usado em cirurgias, atendimento materno-infantil e em casos de vítimas de acidentes ou desastres naturais.
COMO DOAR – Para ser um doador de sangue, basta procurar uma das 22 unidades de coleta de sangue no Paraná. O doador é cadastrado, responde a um questionário e passa por uma triagem clínica para verificar se possui os requisitos para ser doador. Também é feito um exame rápido para constatar a presença de anemia. Se tudo estiver bem é feita a coleta. O processo demora em média 40 minutos.
Em cada coleta são retirados cerca de 450 ml de sangue. Homens podem doar sangue a cada 60 dias, com um máximo de quatro doações a cada 12 meses. Já mulheres podem doar a cada 90 dias, sendo no máximo três doações no período de 12 meses.
As pessoas que fazem três doações em um período de 12 meses podem solicitar a emissão do certificado de Doador Fidelizado de Sangue. Ele dá direito a uma série de benefícios, como meia-entrada em shows, espetáculos de teatro, cinema e outros eventos.
Confira o que é preciso para ser doador:
– Estar em boas condições de saúde
– Ter entre 16 e 69 anos (menores de idade com autorização e presença do responsável legal)
– Pesar no mínimo 50 quilos
– Estar descansado e alimentado (evitar alimentação gordurosa nas quatro horas que antecedem a doação)
– Apresentar documento oficial com foto (carteira de identidade, carteira do conselho profissional, carteira de trabalho, passaporte ou carteira nacional de habilitação)
Impedimentos temporários à doação
– Gripe ou resfriado. Aguardar sete dias após a cura
– Diarreia. Aguardar sete dias após a cura
– Durante a gravidez: 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana
– Amamentação: se o parto ocorreu há menos de 12 meses
– Ter tomado vacina há menos de 30 dias
– Tatuagem nos últimos 12 meses
– Piercing nos últimos 12 meses (piercing genital e oral, 12 meses após a retirada)
– Tratamento dentário: o período varia de um a sete dias
– Situações nas quais houve maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses
– Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação
– Viagem para cidades endêmicas, que têm epidemia de dengue, zika, chikungunya e febre amarela, nos últimos 30 dias
Impedimentos definitivos à doação
– Evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças transmissíveis pelo sangue: Hepatite B e C, AIDS (Vírus HIV), doenças associadas ao HTLV I/II e Doença de Chagas
– Hepatite viral após os 10 anos de idade
– Diabetes insulinodependente
– Epilepsia ou convulsão
– Hanseníase
– Doença renal crônica
– Antecedentes de neoplasias (câncer)
– Antecedentes de acidente vascular cerebral (derrame)
– Uso de drogas injetáveis ilícitas