Cotidiano

Santander: compra do Citi só se fizer sentido financeiro e estratégico

MADRI – A presidente mundial do Santander, Ana Botín, disse nesta terça-feira que tem “obrigação de analisar” a compra dos ativos do Citibank no Brasil, mas que o banco “já tem massa crítica” no país e que, portanto, a aquisição só será feita se fizer sentido estratégico.

O americano Citibank colocou à venda sua divisão de varejo em Brasil, Argentina e Colômbia. No Brasil, ao menos três bancos já fizeram proposta: Santander, Safra e Itaú Unibanco.

— Temos obrigação de analisar todas as oportunidades. No ano passado, analisamos o HSBC. Afinal, não fomos nós que compramos. São aquisições add on (expressão em inglês que significa agregar valor). São pequenas aquisições em relação ao tamanho que temos. Pensamos que temos a massa crítica para competir. Não temos que comprar. Somente se fizer sentido financeiro e estratégico — disse Ana a jornalistas no XV Encontro Santander América Latina, evento realizado anualmente pelo banco na Espanha.

Na disputa pelo HSBC, o Bradesco acabou levando a melhor após oferta de US$ 5,2 bilhões. No Brasil, o Santander ocupa a terceira posição entre os bancos privados, atrás de Itáu e Bradesco. Se considerados os bancos públicos, ele fica em quinto lugar.

A América Latina é um importante mercado para o Santander. Cerca de 45% do resultado vêm da região, segundo Ana Botín. E, dos 127 milhões de clientes no mundo, mais de 40% estão na região.

(*A repórter viajou a convite do Santander)