Salvar vidas. Este é o lema dos profissionais que trabalham, diariamente no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). E foi este lema que fez com que o Serviço fechasse o ano passado com 31.768 atendimentos. Isso significa que, somente em Cascavel, todos os dias, quase 90 pessoas precisaram do auxílio das equipes do Samu.
Conforme dados do Consamu (Consórcio Intermunicipal Samu Oeste), o mês com o maior número de atendimentos em 2016 foi abril, com 2.863 pessoas, seguido por maio, com 2.774 e março, com 2.717. No comparativo com 2015, os atendimentos diminuíram cerca de 0,2%, quando foram registrados 31.827 socorros médicos.
De acordo com o diretor técnico do Consamu, o médico Rodrigo Nicácio, as ocorrências clínicas são o maior destaque, como, por exemplo, vítimas de problemas cardiovasculares, respiratórios, dores no peito, falta de ar e alterações neurológicas agudas. Os distúrbios mentais também são frequentes e podem estar relacionados ao uso de drogas, de álcool, ou ainda pacientes com diagnóstico psiquiátrico primário. Em alguns períodos, 18% dos atendimentos são decorrentes desse tipo de situação, que pode e deve ser evitada ou controlada por meio de programas específicos.
Além disso, o atendimento às vítimas de trânsito realizadas pelo Siate (Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma e Emergência) e reguladas pelo Samu também representam um percentual importante nas demandas. São principalmente vitimas de acidentes que envolvem motocicletas, com gravidade variada, por vezes com indicação de encaminhamento direto ao Hospital Universitário.
Segundo o relatório, o Consamu foi responsável por 67.683 atendimentos no ano passado nos 43 municípios em que atua. Cascavel representa quase 47% dos atendimentos, seguida por Toledo, com pouco mais de 15% e Marechal Cândido Rondon, com 4,5%.