BRASÍLIA – O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira que o projeto sobre a repatriação de recursos no exterior poderá ser votada na próxima segunda-feira, ainda antes da votação da PEC do teto dos gastos públicos. Maia marcou sessões da Câmara para a próxima semana, a partir de segunda-feira.
Maia defendeu a aprovação da PEC do teto e negou que ela reduza recursos de Saúde e Educação. Por falta de acordo, a proposta que regulamenta a repatriação de recursos não foi votada na quarta-feira, irritando o presidente da Câmara.
? Há uma articulação de muitos partidos, inclusive da oposição de que pode gerar uma votação antes e com mais tranquilidade na segunda-feira pela manhã ? disse Maia.
O presidente da Câmara disse que o governo não vai aumentar os impostos e sim fazer as reformas necessárias.
? Apesar de algumas entidades tratarem a questão da reorganização das contas publicas como negativo, elas estão equivocados. A não organização das contas vai levar o Brasil à insolvência. O endividamento do Brasil vai chegar em um ponto em que ninguém mais vai querer financiar a dívida brasileira. Esta conta de que saúde perde R$ 400 bilhões em 20 anos, que a Educação perde R$ 20 Bilhões é uma falácia. É uma mentira. As entidades que vêm falando de forma irresponsável de perda de recursos não sabem a irresponsabilidade que estão fazendo com a vida dos brasileiros ? disse ele.
Maia defendeu ainda a aprovação do projeto que muda as regras de exploração do pré-sal, no caso da Petrobras. O texto principal foi aprovado pela Câmara na quarta-feira, mas alguns destaques ficaram pendentes.
? A votação do pré-sal foi um pouco mais acalorada, mas era muito simples porque até políticos da esquerda compreendiam que esta proposta é muito racional. O Estado não deve e não pode tudo, a Petrobras não deve e não pode tudo, e o setor privado pode e deve colaborar num momento em que a Petrobras vive uma crise ? disse o presidente da Câmara.
ELOGIOS À DECISÃO DO STF
O presidente da Câmara ainda elogiou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de permitir a prisão depois de julgado em segunda instância.
? A decisão vai dar uma sinalização importante que, de fato, haverá punição dura e breve para os que cometeram e continuam cometendo ilícitos ? disse Maia.