RIO ? A Secretaria estadual de Saúde do Rio (SES) solicitou uma remessa de 350 mil doses de vacina contra febre amarela ao Ministério da Saúde. Somadas às 350 mil já recebidas pelo governo fluminense, e que estão sendo distribuídas às prefeituras desde terça-feira, o Palácio Guanabara planeja a criação de um cinturão de bloqueio à entrada do vírus no estado.
De acordo com a pasta, a prioridade será a aplicação da vacina na população de áreas próximas aos focos do risco ? os 16 municípios que fazem divisa com o Espírito Santo e Minas Gerais. São eles: Cantagalo, Carmo, Comendador Levy Gasparian, Bom Jesus do Itabapoana, Laje do Muriaé, Miracema, Natividade, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua e Varre-Sai. Além destes, os municípios de Campos dos Goytacazes, São Francisco de Itabapoana, Itaperuna, Sapucaia, Três Rios e Paraíba do Sul terão localidades específicas para a imunização ? neles, a vacinação não será recomendada a todos os habitantes. As cidades listadas já contam com 250 mil doses. Outras 100 mil reforçarão o estoque e podem ser repassadas a outras regiões.
? É importante fazer uso racional da vacina e priorizar as áreas que realmente estão próximas aos focos de risco ? ressalta o secretário de saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr. ? É preciso que as pessoas compreendam que não há necessidade de vacinação em massa da nossa população, principalmente nas áreas mais urbanas e na Região Metropolitana, pois não há registro de casos da febre amarela urbana no país desde a década de 1940.
Subsecretário de Vigilância em Saúde da SES, Alexandre Chieppe assinala que o público-alvo será formado pelos habitantes a partir dos 9 meses aos 60 anos de idade e residentes nos municípios.
? È essencial que os postos de saúde observem as contraindicações específicas para esta ação ? diz.
O estasdo do Rio não é uma região endêmica para febre amarela. Não houve, nas últimas décadas, registro de casos transmitidos dentro do território fluminense. Por isso, segundo a SES, não há recomendação para que toda a população seja vacinada. Ainda assim, recomenda-se que as pessoas que vão viajar para estados onde há circulação do vírus procurem vacinação com, pelo menos, dez dias de antecedência.