A Câmara Técnica, formada por representantes da prefeitura, Governo do Estado, comunidade e entidades, avaliou nesta quinta-feira, (02), as propostas encaminhadas pela lideranças do Bubas ao projeto de urbanização da área ocupada há nove anos na região do Porto Meira. Os técnicos da Secretaria Municipal de Planejamento explicaram as necessidades de mudanças no arruamento, como alargamento de ruas e vielas, para abrigar as redes de água e esgoto e energia elétrica.
Parte das propostas foi aprovada e, na próxima semana, o plano de ação será apresentado aos moradores do Bubas com as sugestões incorporadas ao projeto de urbanização. A aprovação do projeto é necessária para que a Copel e a Sanepar executem os primeiros serviços de regularização das redes elétrica, de água e de esgoto. O governo estadual sinalizou que os recursos para isso já estão garantidos.
O plano geral teve alguns ajustes esta semana após visita técnica ao Bubas juntamente com as lideranças comunitárias. Na apresentação desta quinta-feira foi apresentado o mapa do arruamento com a divisão das quadras com as mudanças necessárias como por exemplo o recuo de lotes e de coberturas para a instalação das redes de serviços públicos. Também foi abordada a necessidade de remoção de cerca de 27 famílias.
A diretora superintendente do Fozhabita, Elaine Anderle, explicou que as famílias não ficarão desamparadas. “Elas poderão ir para um local próximo ao Bubas, por meio do aluguel social ou ainda, ao final do processo de urbanização, poderão morar em casas que serão construídas nas proximidades”.
O plano prevê ainda obras de drenagem, construção de calçadas e de meio-fios, e pavimentação, que serão licitadas quando a proposta estiver aprovada pela comunidade. “Estamos fazendo todo esse processo de urbanização com transparência e com muito diálogo com os moradores. Eles são os principais interessados e decidirão em qualquer intervenção que seja feita”, ressaltou Elaine.
Sobre o processo
Cerca de 1,8 mil famílias – 10 mil pessoas – moram atualmente no Bubas, segundo levantamento feito pela própria comunidade.
Em abril deste ano, a prefeitura recebeu a autorização, a partir de decisão judicial, para fazer as intervenções necessárias para regularizar os serviços de água, esgoto e energia elétrica na área.
A partir de então, foi montado o comitê para debater as obras, formado por técnicos das secretarias municipais e do Fozhabita, representantes da Copel e Sanepar, e lideranças do Bubas.
Assessoria