Cotidiano

?Reni Pereira chefiava organização criminosa?

Acusados participariam de uma organização criminosa que desviou ao menos R$ 5 milhões em recursos públicos destinados a obras e serviços de saúde

Foz do Iguaçu – “No curso das investigações no bojo da 'Operação Pecúlio', coletou-se ampla prova acerca da existência de uma organização criminosa chefiada pelo prefeito Reni Clóvis de Souza Pereira, infiltrada na administração pública municipal com o objetivo de obter, direta e/ou indiretamente, vantagens de natureza econômica e pessoal, mediante a prática de graves infrações penais, tais como corrupção ativa, passiva, peculato, fraude a licitação, entre outras correlatas”.

Esse teor foi extraído da denúncia do MPF (Ministério Público Federal) relativa às fases quatro e cinco da Operação Pecúlio, um calhamaço com 422 páginas apresentado na segunda-feira à noite. Outro dado que chama atenção é que o número de implicados subiu para 98. Além do ex-prefeito, que chegou a cumprir 106 dias de prisão domiciliar, integram a lista os cinco vereadores reeleitos que estão presos desde 15 de dezembro, ex-vereadores, ex-secretários municipais, servidores e empresários como o cascavelense Paulo Gorski, entre outros.

Conforme a denúncia, os acusados participavam de uma organização criminosa que desviou ao menos R$ 5 milhões em recursos públicos destinados a obras e serviços de saúde. Parte desse dinheiro era utilizada para o pagamento de um “mensalinho” à maioria dos vereadores da legislatura passada.

“Importante salientar que para operacionalizar o pagamento do 'mensalinho' e compor o caixa da organização criminosa, era necessário o repasse de propina mensal dos empresários e prestadores de serviços da prefeitura, que estavam inseridos na corrupção sistêmica existente em Foz do Iguaçu”, ressalta o MPF em sua denúncia.