BRASÍLIA – Acusado de ter praticado 30 crimes de corrupção pelo procurador geral Rodrigo Janot, com o apoio do conterrâneo líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), o senador Fernando Collor (PTC-AL) foi eleito pro aclamação presidente da Comissão de Relações Exteriores (CRE), a terceira comissão técnica mais importante do Senado. Seu vice será o senador Jorge Viana (PT-AC), que não compareceu a eleição e instalação da comissão, por causa da morte de seu pai, ontem, Wildy Viana Neves.
O grupo de Renan já tinha provocado polêmica com a indicação do senador Edison Lobão (PMDB-MA), alvo da Operação Lava-Jato, na mais importante comissão da Casa, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), agora Renan patrocina Collor na CRE.
Collor foi acusado de 376 operações de lavagem de dinheiro. Na denúncia, Janot pede a devolução de R$ 154,75 milhões por reparação de danos. A denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao ex-ministro Teori Zavaski, e está agora nas mãos do ministro Edison Fachin. Collor diz que é inocente.
A Comissão de Relações Exteriores foi alvo de uma queda de braço de Renan com o PSDB, que na impossibilidade de indicar o presidente da Comissão de Meio Ambiente e Fiscalização, pelo tamanho de sua bancada, reivindicava a presidência da CRE. Renan venceu e garantiu a presidência da Comissão para Collor, que pertence ao PTC, partido que só tem ele na bancada do Senado. Com 12 senadores, o PSDB ficou com a segunda escolha, da CAE para o senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) e uma comissão sem importância, a Comissão da Transparência, que não tem peso nenhum.
A CRE trata de projetos sobre relações internacionais, comércio exterior e Forças Armadas. Além disso, tem a missão de sabatinar indicados para embaixadas e conceder autorização para o presidente da República e o vice se ausentarem do território nacional.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) tomou posse hoje na presidência da poderosa Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e irá substituir a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) no cargo. Interlocutor do empresariado nacional, Tasso apresentou como programa de sua gestão a redução do custo Brasil, da burocracia e dos spreads bancários . O novo presidente da CAE avisou que a comissão não se limitará à votação dos projetos que lhe forem submetidos, mas contribuirá para a condução da política econômica do governo Michel Temer e terá uma ação proativa na discussão da economia brasileira. O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) será o vice presidente da CAE.
TASSO ASSUME A CAE
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) tomou posse na presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e irá substituir a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) no cargo. Interlocutor do empresariado nacional, Tasso apresentou como programa de sua gestão a redução do custo Brasil, da burocracia e dos spreads bancários, que é a diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos no mercado e quanto cobram de seus clientes .
O novo presidente da CAE avisou que a comissão não se limitará à votação dos projetos que lhe forem submetidos, mas contribuirá para a condução da política econômica do governo Michel Temer e terá uma ação proativa na discussão da economia brasileira. O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) será o vice presidente da CAE
Ao tomar posse o novo presidente anunciou a criação de duas subcomissões temáticas: uma para debater o custo Brasil, que irá discutir entraves a entrada de investimentos no Brasil, e outra para analisar a tributação no país.
Segundo Tasso, sua gestão pretende oferecer uma contribuição fundamental para que o ambiente de negócios seja melhorado no país.
? A subcomissão do custo Brasil, que estudará as chamadas reformas microeconômicas, deve trabalhar para que a burocracia que atrapalha as empresas e os cidadãos seja reduzida. Poderá ainda fazer uma ampla análise da questão dos juros, principalmente os spreads , analisar as razões para a manutenção de spreads acima do razoável e do praticado pelas economias mais sólidas ? explicou Tasso.