O vereador Romulo Quintino (PSL) apresentou na tribuna ontem os números informados pela Secretaria Municipal de Saúde sobre as mortes ocorridas nas UPAS nos dois últimos anos.
O relatório informa que foram 510 óbitos nas Unidades de Pronto-Atendimento do Brasília e do Veneza somente em 2015 e 2016. “O que mais chama a atenção é que, de 510 pacientes que vieram a óbito, 230 estavam clicadas na central de leitos aguardando que a porta dos hospitais se abrissem para eles”, afirmou Romulo.
O vereador questionou ainda a informação dada à imprensa pelo diretor da 10ª Regional de Saúde, Miroslau Bailak, de que há 546 leitos em Cascavel, distribuídos entre o HU e os hospitais particulares. “Onde estão as mais de 500 vagas disponíveis em Cascavel? Como são usadas e como são distribuídas?”, rebateu.
Os questionamentos foram apresentados pelo parlamentar no fim de março a partir do Requerimento 101/2017. No documento, o vereador explicava que centenas de pessoas chegam às Upas em busca de ajuda nos momentos de urgência e ficavam por dias aguardando vaga de transferência para um hospital. “Infelizmente, não há um dia sequer que não recebamos queixas e pedidos de ajuda vindos de pessoas desesperadas com algum familiar nesta situação”, afirma Romulo Quintino.
Com os dados em mãos, o parlamentar espera identificar onde está o problema e cobrar das autoridades responsáveis medidas para evitar a superlotação, melhorar o atendimento dos pacientes e evitar mortes desnecessárias por falta de diagnóstico ou de tratamento adequado.