Já se sabe que para atingir uma pontuação alta e conquistar uma vaga na Universidade é preciso dedicação aos estudos, foco e treino. E quando falamos em Redação, as exigências aumentam, uma vez que o domínio técnico não basta, é preciso adquirir cultura e conhecimento geral. Quem mandou bem no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no ano passado dá dicas para fazer bonito.
Romilson Volotão Júnior, que cursa Direito na Uerj, tirou 960 em Redação o máximo é 1.000! Para ele, os estudantes ficam ansiosos e expostos a muita informação, daí acabam não se aprofundando nos assuntos importantes. Melhor mesmo é eleger os temas mais relevantes e ler muito sobre eles.
É preciso ter conhecimento geral, ler artigos de jornais, revistas, livros; conhecer filosofia, história, geografia, e saber como esses conceitos se relacionam.
Para a estudante Amanda Castro, de 18 anos, tirar nota 1.000 na redação fez toda a diferença. O curso de Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) dava peso três para essa prova e, com isso, ela conseguiu uma vaga na instituição.
Eu fazia duas redações diferentes por semana para treinar. Na primeira vez que fiz o Enem, eu realmente não tinha muito conhecimento conta Amanda. Ela recomenda aos estudantes pesquisarem temas possíveis para a redação e que leiam revistas de atualidades. Com treino, Amanda saiu de 660 pontos na redação para a nota máxima em um ano.
Richard Wagner Caputo Neves, de 19 anos, foi aprovado em Direito com o Enem para a UFRJ e a PUC-RIO, e escolheu estudar na UERJ.
Acho fundamental a leitura das redações exemplares dos anos anteriores. Fiz a média de uma redação por semana. Dá tempo de se preparar bem se você mantiver esse ritmo conta.
Nota máxima em Redação
Todo ano, as notas máximas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mudam. Isso acontece por causa da metodologia utilizada para correção do exame, a Teoria de Resposta ao Item (TRI), modelo estatístico que permite dar o mesmo grau de dificuldade às provas e compará-las. A Redação é corrigida com outra metodologia e é a única prova que tem escala fixa, de zero a 1.000.
Nessa prova são avaliadas cinco competências, cada uma valendo 200 pontos e com cinco níveis de desempenho ao atender cada nível o estudante soma 40 pontos. Em 2015, apenas 104 estudantes conseguiram a nota 1.000, dos 5,7 milhões de participantes.