Trazer soluções definitivas para as estradas rurais de Cascavel está entre as prioridades da secretaria de Agricultura. Por mais de uma década, manutenções as manutenções realizadas não foram suficientes para as melhorias do transporte rural.
O secretário de agricultura de Cascavel, Agassiz Linhares Neto, diz que é preciso avançar e buscar formas de garantir a pavimentação. “A pavimentação de pedras poliédricas nos parece hoje a melhor saída, porque é possível fazer um trecho maior com os recursos”, afirma.
Recursos obtidos por meio de emenda parlamentar somados a convênio com a Itaipu farão com que mudanças ocorram. “Serão R$ 38 milhões para parte de readequações de estradas, em 111 quilômetros, e 140 quilômetros de calçamento com pedras poliédricas, no interior do município”, destaca o secretário.
Perfil
Agassiz Linhares Neto se formou como engenheiro agrônomo pela Universidade Federal do Paraná em 1987 e nesse mesmo ano veio a Cascavel.
Casado, pai de duas filhas, teve o primeiro contato com o setor público na gestão do ex-prefeito Salazar Barreiros quando assumiu o cargo de secretário da Agricultura por pouco mais de dois anos. Trabalhou em multinacional, foi proprietário de empresas de defensivos agrícolas e hoje atua na área de pesquisa de cultivares de milho, na agricultura e pecuária. Neto também esteve à frente da coordenação do curso de Agronomia do Centro Universitário FAG, e se diz realizado com a escolha profissional.
Soluções
“Estamos desde fevereiro trabalhando, o prefeito tem trabalhado diuturnamente para que a gente possa trazer algumas soluções definitivas para estradas rurais. Há 16 anos que só se faz manutenção nas estradas rurais. Precisamos avançar, para isso é necessária pavimentação. Nos estudos que fizemos neste início de ano, a pavimentação de pedras poliédricas nos parece hoje a melhor saída, porque é possível fazer um trecho maior com os recursos”.
Recursos
“Dependemos de recursos dos governos federal e estadual e já começamos a buscar apoio. Nos surgiu em oportunidade, já em fevereiro, em uma primeira reunião discutir um convênio com a Itaipu. Ele já ocorre desde 2015 só que são convênios pequenos que possibilitam em torno de R$ 1 milhão para readequações. Propomos para a Itaipu ampliar esse convênio e incluir o calçamento de pedras. Entregamos o projeto no dia 31 de agosto que foi entabulado pelo deputado federal Evandro Roman, junto à Itaipu, no valor de R$ 38 milhões. Isso compreende parte de readequações de estradas, em 111 quilômetros, e 140 quilômetros de calçamento com pedras poliédricas, no interior do município”.
Melhorias
“Teremos uma grande mudança nas principais estradas rurais com pavimentação. No futuro, a gente faz uma estrada estreita, com cerca de três metros de largura e uma camada de asfalto. Assim teríamos uma estrada de seis metros com calçamento e no meio da pista um asfalto. Tivemos exemplo nos últimos dois anos onde choveu muito, de dias intransitáveis nas estradas. Mesmos com calçamentos antigos, que tiveram problemas de compactação, é possível sair de casa. Entretanto, a ideia é de um novo projeto de compactação bem feita e ela de qualidade ao calçamento”.
Maquinários
“Paralelo à questão dos convênios, para fazer as estradas, fizemos pedidos aos deputados federais e com isso esperamos aumentar a frota de maquinários que atualmente é pequena. Temos seis motoniveladoras muito velhas e normalmente são duas ou três trabalhando, devido à necessidade de consertos. Há ainda três retroescavadeiras hidráulicas, 12 caminhões e a necessidade seria de no mínimo dobrar isso”.
Aquisições
“Vamos comprar quatro motoniveladoras nesse primeiro momento, por meio de emenda do deputado federal Fernando Giacobo e a ideia mais para frente é conseguir outras quatro. Há pedidos para retroescavadeira, retro hidráulica, rolo compactador e um pedido ao deputado Alfredo Kaefer que irá nos atender para aquisição de mais maquinários. Com isso, conseguiríamos dar uma atenção melhor ao produtor”.
Agilidade
“Temos em terno de 3,4 mil quilômetros para se fazer manutenção: 2,4 mil de estradas fora da porteira e o restante dentro. Até agora, em oito meses, fizemos pouco mais de 800 quilômetros de manutenção. Levaremos 35 meses para passar em todos os lugares e a manutenção que já foi feita não aguentará todo esse tempo. Teríamos que passar pelo menos duas vezes ao ano. Então temos que trabalhar em dois sentidos: para aumentar a frota e melhorar a condição de manutenção onde for necessária e para que haja a pavimentação definitiva”.
Aumento do VBP
“Com parceria do Conder (Conselho de Desenvolvimento) e outras secretarias, trabalhamos para que se possa aumentar o VBP (Valor Bruto da Produção). Isso exige que os produtores passem a produzir atividades mais rentáveis. Na piscicultura demos um impulso. Ajudamos produtores a fazer o licenciamento para entrar na atividade e disponibilizamos uma retroescavadeira hidráulica para fazer açudes e nos esforçamos dentro das 20 horas máquinas para ajudá-los. Estamos também incentivando a produção leiteira e voltamos com o PIA – Programa de Inseminação Artificial. Compramos sêmen, distribuímos em condomínios leiteiros e oferecemos assistência técnica”.
Horticultura
“De modo geral, temos dado uma atenção ao pequeno produtor na área de horticultura, técnicos da secretaria e da Emater oferecem assistência para atender as questões de compras do PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) e PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) que envolvem aquisições para a Assistência Social e para as escolas, mas também para que possam entrar na comercialização por meio da Ceasa e o futuro mercado municipal. Temos conversado com a secretaria de Desenvolvimento Econômico e Fundetec para que também possa haver um polo de comercialização para os produtores rurais”.