Cotidiano

Problema com a emissão causa deportação de três cascavelenses

Prazo para entrega do documento foi ampliado para até 45 dias

Cascavel – Um problema na emissão de passaportes, mais especificamente na máquina que confecciona o documento no Rio de Janeiro, trouxe problemas a alguns cascavelenses. De acordo com o delegado da Polícia Federal, Celso Mocchi, três pessoas foram deportadas para o Brasil. “Alguns países, como, por exemplo, a Indonésia e a França, não estão aceitando os passaportes de emergência, que estão sendo expedidos”.

Segundo ele, o motivo é que o passaporte emergencial, expedido em casos relacionados a problemas de saúde, por exemplo, possuem menos dispositivos de segurança do que os tradicionais. “Imagino que essa deportação tenha ligação com possíveis atentados terroristas, mas não sabemos ao certo o que aconteceu”.

Com viagem marcada hoje para Portugal, Neiry Helen Hull foi ontem até Foz do Iguaçu para emitir o documento emergencial. “Dei entrada no pedido do novo passaporte no dia 17 de maio, fiz a entrevista dia 30 de maio e me disseram que em no máximo 30 dias estaria em Cascavel, o que não aconteceu”.

Sem previsão de quando o documento chegaria e com as passagens compradas, Neiry moveu céus e terras para conseguir embarcar. “Meu marido é português, estamos com a viagem programada há mais de um ano. Ele e meu filho já estão com tudo certo, só faltava o meu”.

Por conta do problema na emissão de passaportes tradicionais, a Polícia Federal está pedindo um prazo médio de 45 dias para entregar o documento. “Ainda não temos previsão de quando essa situação vai se normalizar. Não é um problema de Cascavel, mas de todo o País. Anteriormente o prazo era de no máximo 10 dias”.

Em média, em Cascavel, são emitidos 30 passaportes por dia. “Diferentemente do que se imagina, a confecção do documento aumentou com a crise”, disse o delegado. Conforme Mocchi, existem três tipos de passaportes: normal, o de emergência e o de urgência. “O passaporte normal e de urgência não estão sendo emitidos por enquanto. A diferença neles, além dos itens de segurança e o preço, é o prazo para ficarem prontos. “O normal leva cerca de dez dias, o de urgência até 72 horas e o de emergência é confeccionado somente em Foz do Iguaçu em no máximo 24 horas”.