BUENOS AIRES – No próximo dia 6 de abril, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, enfrentará a primeira greve geral desde que chegou ao poder, em dezembro de 2015. A paralisação foi convocada pela Central Geral de Trabalhadores (CGT) e contará com a adesão de outros sindicatos, entre eles a Central de Trabalhadores Argentinos (CTA).
Segundo informou o secretário geral da CGT, Juan Carlos Schmid, ?a medida de força será realizada em todo o território nacional?.
_ A CGT tem se mostrado coerente em todas as suas atitudes. Estamos pedindo a retificação de políticas que estão levando à destruição de postos de trabalho _ declarou Héctor Daer, que também integra o principal sindicato da Argentina.
De acordo com dados da CTA, no ano passado foram perdidos 400 mil empregos e este ano a tendência se mantém. Os sindicatos exigem medidas emergenciais para enfrentar a recessão que Macri espera superar este ano, com um crescimento acima de 3%. Mas muitos analistas econômicos já estão revendo suas projeções e alertando para uma recuperação mais lenta do que vem apontando a Casa Rosada.
Esta semana, o chefe de Estado pediu continuar apostando ?no caminho do diálogo? e questionou a atitude dos sindicatos. Mas apesar de negociações frenéticas realizadas nos últimos dias, o governo não conseguiu impedir a convocação da greve. No começo do mês, a CGT e a CTA organizaram uma grande manifestação em Buenos Aires, para pedir aumentos salariais acima de 30%, entre outras demandas.
*Correspondente